Figura: Bruno Fernandes

Voltou a jogar mais recuado, mais perto de William Carvalho, mas não deixou de ter os olhos na baliza adversária. Fartou-se aliás de correr, de lutar, de defender e atacar. Pelo caminho cruzou para uma grande oportunidade de Acuña, ainda na primeira parte, e rematou ele próprio por duas vezes com perigo, dentro da área, já no segundo tempo, para duas boas defesas de Muriel. Deu tudo.

Positivo: Podence

Regressou à titularidade, ele que não era titular para o campeonato há um mês. Jogou no apoio a Bas Dost, mas caiu muito na direita, em trocas posicionais com Gelson que trouxeram grande dinâmica à equipa. Numa dessas trocas cruzou para Bas Dost cabecear ao lado, logo nos minutos iniciais, e pouco depois sofreu falta evidente de Florent para o penálti que o holandês converteu.

Negativo: Acuña

A estratégia de Jorge Jesus não o beneficiou em nada, Acuña devia jogar mais por dentro para atrair o lateral oposto e abrir caminho às subidas de Fábio Coentrão. Apesar disso, apesar de ter essa atenuante, o argentino fez mesmo assim um jogo muito infeliz. Falhou uma excelente oportunidade na cara do golo, esteve lento, denunciado, alheado do jogo. Esta não foi, definitivamente, a noite dele.

OUTROS DESTAQUES:

Bas Dost

Entrou no dérbi a ameaçar marcar, num cabeceamento que saiu muito perto do poste, pouco depois concretizou as ameaças na conversão de um penálti por falta sobre Podence. Foi o golo número cinquenta do holandês no Sporting, o que mostra como Bas Dost tem sido importante nesta equipa.

André Sousa

Criou a melhor ocasião de golo do Belenenses, num livre batido em arco que saiu muito, muito perto do poste. Mas André Sousa foi mais do que apenas esse remate: colocou-se sempre bem no terreno, abriu linhas de passe, deu dinâmica ao futebol da equipa e criou situações para os colegas.

Fredy

Começou na frente de ataque, mas os quatro homens da frente do Belenenses estavam sempre a trocar de posição, o que permitiu a Fredy vir várias vezes atrás, pegar na bola e criar boas situações de ataque para os colegas. Serviu, por exemplo, Diogo Viana e Benny para remates perigosos.

Yebda

Tornou-se o patrão da equipa em campo pela forma como vive o jogo: sempre num movimento constante, defende, ataca, vai à luta, cai, levanta-se e volta à luta. Importantíssimo, por isso, a dar as coordenadas do jogo do Belenenses, a recuperar e sair a jogar, empurrar a equipa para a frente.