E vão seis!

Rúben Amorim arrisca-se a ser o treinador com mais vitórias (e títulos, quiçá) da Liga sem ter o nível necessário. A continuar neste ciclo demolidor, claro está. O seu Sp. Braga venceu o «vizinho» Moreirense (1-2) e conquistou a sexta vitória em igual número de jogos.

O domínio dos bracarenses foi quase total e absoluto durante 70 minutos. Sempre com bola e em progressão, os vencedores da Taça da Liga rendilhavam o jogo pelo meio e procuravam os corredores laterais para as subidas de Esgaio e Murilo.

A fórmula parecia simples e nada difícil de contrariar. Ainda assim, os cónegos sentiram muitas dificuldades para o fazer e também para criar situações de perigo. A exceção durante mais de uma hora foi um lance de Fábio Abreu que falhou na cara de Pasinato aos 13 minutos.

Por essa altura já o Sp. Braga vencia por dois golos de diferença com marca de água de Francisco Trincão. O extremo de 20 anos abriu o marcador com um pontapé de fora da área – a bola desviou em Iago e passou por cima de Pasinato. Dois minutos após o golo, aos dez, o campeão europeu de sub-19 recuperou, correu de uma ponta à outra e assistiu Rui Fonte para uma conclusão fácil.

Ficha e filme do jogo

A jogada do segundo golo é sintomática da ideia de jogo do Sp. Braga: atrai a um corredor, circula por dentro para fazer a bola chegar ao lado oposto. Simples, não concorda?

Foi assim, por exemplo, que Murilo e Wilson Eduardo ficaram pertíssimo de marcar novamente. O Moreirense sentiu os dois golos sofridos, é verdade, mas não só. A equipa de Ricardo Soares usou e abusou do jogo interior, acabando condenada ao insucesso.

A segunda parte começou como acabou a primeira: com a superioridade do Sp. Braga. As oportunidades dos homens de vermelho, assinadas por Trincão e Wilson, esbarraram nas luvas de Pasinato.

Ricardo Soares reconheceu os problemas dos cónegos e corrigiu-os ao intervalo. Logicamente, o Moreirense jogou melhor e foi capaz de incomodar a formação contrária. Pedro Nuno deu o mote com um disparo cruzado e, dez minutos mais tarde, Rosic «traiu» a ex-equipa ao reduzir para 1-2 na sequência de uma bola parada: Sori Mané amorteceu de cabeça, Rosic dominou e atirou para o fundo da baliza de Matheus.

Após uma longa e inexplicável espera de cinco minutos pela avaliação do VAR, Manuel Mota validou o golo que dava esperança ao Moreirense a quinze minutos do final.

A alma, a crença e o coração do Moreirense fizeram o Sp. Braga passar por calafrios, ainda que Matheus não tenha feito qualquer defesa apertada. Por outro lado, Ricardo Horta teve dois lances claros de golo que não concretizou.

Novais foi expulso nos descontos, mas o triunfo não escapou a Ruben Amorim. Os bracarenses estão a começar a escalar a classificação e já só estão a um ponto do Famalicão. Por sua vez, o Moreirense continua com um ponto somado desde a troca de Vítor Campelos por Ricardo Soares.

O resumo do Moreirense-Sp. Braga: