Se o Gil Vicente teve um (Lucas) Mineiro para encontrar o caminho da baliza, ao Sporting teve de ir ao banco partir pedra. A formação leonina esteve a perder em casa, mas Sporar e Tiago Tomás entraram para conseguir uma reviravolta garantida já quase no dia seguinte (depois da meia-noite, portanto).

Denis, guarda-redes da equipa visitante, teve de evitar um autogolo de Ygor logo ao terceiro minuto de jogo, na sequência de um pontapé de canto, mas a equipa de Rui Almeida apareceu em Alvalade com a lição bem estudada. A condicionar o Sporting logo à saída da sua área, e depois com um bloco compacto e relativamente distante da sua baliza.

Embora tenha apresentado o mesmo onze pelo terceiro jogo seguido, a formação leonina sentiu dificuldades evidentes para chegar de forma sustentada ao ataque. Impedido de jogar por não estar inscrito por altura da data inicial do encontro, referente à ronda inaugural, João Mário fez muita falta. Fosse para assumir as despesas do jogo na primeira fase de construção, ou para «inventar» espaços dentro do bloco contrário.

Com as duas equipas encaixadas em 3x4x3, só à passagem da meia-hora é que o Sporting conseguiu encontrar espaço pelo corredor central e trazer Jovane para o jogo. O avançado começou por atirar para defesa relativamente fácil de Denis (32m), e depois serviu Pedro Gonçalves para um remate de fora da área que saiu por cima (33m).

Feddal também criou perigo em duas ocasiões, mas na sequência de pontapés de canto. O Gil Vicente conseguiu domar o leão no primeiro tempo, ainda que sem conseguir também incomodar verdadeiramente no plano ofensivo.

Mas a abrir a segunda parte, tirando proveito de um lance de bola parada, a equipa minhota chegou mesmo à vantagem, com Lucas Mineiro a desviar de forma subtil mas eficaz um livre de Talocha (52m).

O Sporting demorou a reagir ao golo sofrido, e só o fez quando Rúben Amorim foi ao banco buscar alguns trunfos. Sporar fez a igualdade ao minuto 83 e participou também na jogada do 2-1, apontado logo no minuto seguinte por Tiago Tomás, também saído do banco. A assistência, divinal, foi de Daniel Bragança, o criativo que faltou à equipa durante grande parte do jogo.

Mais discreto do que nos últimos desafios, tanto a partir da ala como depois no corredor central, Pedro Gonçalves acabou, ainda assim, por mostrar novamente aquela relação especial com a baliza: foi dele o 3-1, já nos descontos.

Um resultado algo exagerado para as dificuldades que o Sporting sentiu, mas que deixa a equipa de Rúben Amorim a dois pontos do líder Benfica, agora com o calendário em dia.