A primeira parte pode resumir-se a duas situações: na primeira Gottardi defendeu com os punhos, logo aos 11 minutos; e na segunda, o lateral direito João Aurélio, aos 13, fez uma boa arrancada pelo seu corredor e centrou para o miolo da área adversária, onde surgiu Rondon a rematar e a bola a embater em Rodriguez, dando origem a um canto que não originou mais perigo.

As duas equipas entraram em campo com a vitória em mente, mas foi notória a diferença de circulação de bola, pois nesse aspeto o Nacional não deu hipóteses. A bem da verdade, aliás, o Rio Ave permitia que os insulares trocassem a mesma a seu belo prazer.

Com a equipa toda no seu meio campo, o Rio Ave, poucas vezes partia para o ataque, mas das vezes que o fez, assustava os vários presentes no campo da Choupana: no entanto falhava sempre algo na finalização, ou o remate saía para fora ou encontrava um defesa contrário.

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Um facto minimamente curioso, é que a boa posse de bola por parte do Nacional permitiu a que o guardião Gottardi tocasse mais vezes no esférico que o seu colega Gomaa. Este último deixou muito a desejar no centro do terreno, parecia um pouco perdido e talvez por isso tenha saído ao intervalo.

De salientar o regresso à equipa do Nacional de Diego Barcellos. Com mais um avançado, Manuel Machado optou por jogar num 4-3-3. Por seu turno, o «amigalhaço» Nuno Espírito Santo pôde contar com Ukra, que nesta primeira metade pouco fez a não ser alguns maus cruzamentos.

No reatamento da partida tudo foi diferente. Juntamente com as três equipas, o nevoeiro voltou ao estádio da Choupana e a emoção também. O Rio Ave ganhou confiança e partiu para cima do adversário, empurrando assim o Nacional para o seu meio campo defensivo.

Foi por isso natural que o Rio Ave se adiantasse no marcador por intermédio de Hassan. O avançado fugiu à marcação de Miguel Rodrigues e finalizou da melhor forma um cruzamento da direita de Ukra.

Após o golo o Nacional partiu em busca do prejuízo, mas nem sempre o fez como deve ser. Muitas bolas bombardeadas para a área, passes falhados a meio campo... uma total confusão. Eis então que o professor alvi-negro opta por fazer entrar Reginaldo, a arma secreta da tarde.

O moçambicano acabou dar alguma consistência e calma aos companheiros, e sempre que podia não tinha medo de rematar.

Com Candeias e João Aurélio na ala direita (principal foco de ataque do Nacional), Edimar e Filipe tentavam pará-los como podiam, mas tantas vezes o cântaro vai à fonte que acaba por partir. E assim foi, Aos 79 minutos, Diego Barcelos cabeceia o esférico para o empate, não dando qualquer hipótese de defesa a Ederson.

Os níveis de confiança do Nacional aumentou (e contou com um apoio incondicional dos vários adeptos presentes), mas por incrível que pareça, o Rio Ave esteve igualmente confiante e nunca baixou os braços.

Até ao final da partida, o resultado não se iria alterar, permitindo que os pupilos de Manuel Machado prossigam a sua caminhada europeia com o 13º jogo consecutivo sem perder.