V.Guimarães e Rio Ave mediram forças no Estádio D. Afonso Henriques, mas não foram além de um nulo no marcador. Uma espécie de segunda linha do V.Guimarães, em virtude das muitas ausências, deu uma resposta positiva e superiorizou-se ao Rio Ave durante várias fases do encontro. Contudo, acabou por ser o conjunto de Vila do Conde a dispor das oportunidades mais perigosas.
 
As limitações do V.Guimarães eram conhecidas; Rui Vitória perdeu cinco peças no jogo da Pedreira diante do Sp. Braga e apresentou, portanto, meia equipa reformulada na receção ao Rio Ave. Talvez por isso, para não mudar ainda mais a equipa, Douglas e Moreno regressaram aos convocados, mas ficaram-se pelo banco de suplentes.
 
Se a equipa da casa apresentou limitações, não é menos verdade que o Rio Ave apareceu no D. Afonso Henriques com uma reformulação ainda maior no seu conjunto. Pedro Martins manteve apenas três dos jogadores que alinharam a meio da semana diante do Aalborg e que conseguiram a primeira vitória do clube na fase de grupos da Liga Europa. Ou seja, a equipa de Vila do Conde alterou sete jogadores em relação ao último jogo.
 
Vimaranenses em busca de identidade
 
O nervoso miudinho foi notório nos pupilos de Rui Vitória. Cafú e Bruno Alves viram-se na contingência de assumir a luta no miolo e todo o futebol dos vimaranenses ressentiu-se da nova identidade da equipa em zona nevrálgica do terreno.
 
Ainda assim, a jovem equipa do V.Guimarães (apenas um jogador, David Caiado, tem mais do que 25 anos) não se intimidou, o Rio Ave também pouco fez por causar calafrios, e partiu para uma exibição positiva.
 
Assumiu o jogo, esteve por cima e dispôs de mais lances de perigo junto da baliza de Ederson. À passagem do primeiro quarto de hora Tomané esteve na cara do guarda-redes do Rio Ave, tinha espaço e tempo para rematar, mas não foi egoísta quando deveria ter sido e serviu Bernard no coração da área. Agradeceu Lionn, que sanou um lance que prometia ser muito mais perigoso.
 
A equipa que viajou desde Vila do Conde apenas deu um ar da sua graça já muito perto do intervalo, aparecendo por essa altura junto da baliza de Assis com perigo. Numa transição rápida a turma de Pedro Martins conseguiu esboçar um ataque em superioridade numérica, mas Esmael embrulhou-se com o esférico, perdeu uma boa oportunidade e acabou a reclamar grande penalidade.
 
Rio Ave mais perigoso na etapa complementar
 
Dominava o V.Guimarães, mas faltava clarividência e criatividade para que a superioridade se fizesse sentir junto do último reduto vila-condense. Nos instantes iniciais do segundo tempo Rui Vitória trocou o apagado Caiado por Crivellaro com o intuito de inverter a situação.
 
Pedro Martins respondeu incluindo no encontro Hassan e Bressan por troca com os também apagados Esmael e Del Valle, este último que havia estado em destaque no triunfo europeu sobre os dinamarqueses do Aalborg, apontando dois golos.
 
Voltou a entrar o melhor o Vitória, muito por força também de uma tarde muito tímida do Rio Ave. Valeu Ederson com duas defesas aparatosas num minuto a segurar o Rio Ave. A bola não entrou e esmoreceu a investida vimaranense. Foi nesta altura que a equipa de Pedro Martins mais se mostrou, criando inclusive a oportunidade mais flagrante de golo do encontro.
 
Ao minuto 72, Diego Lopes correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Ukra e enviou o esférico ao poste da baliza de Assis. Já no período de descontos a equipa de Pedro Martins voltou a criar perigo, obrigando a defesa vimaranense a desenvencilhar-se do esférico com dificuldades em cima da linha de golo.
 
Um ponto para cada lado. Rui Vitória não terá ficado desagradado de todo com a prestação dos seus pupilos, que, ainda assim, falham o assalto ao segundo lugar. Com uma exibição cinzenta, o Rio Ave passou ao lado do encontro, mas a sua organização permitiu-lhe sair do D. Afonso Henriques com um empate.