Figura: Ricardo Costa

Querem uma lição de como defender? Atentem à exibição de Ricardo Costa. Se o leitor não viu, puxe a box atrás. Esteve a um nível superlativo. Impediu, sem exagero, dois golos certos ao adversário. A coragem para se atirar ao remate de Wilson merece todos os elogios. Sempre que a bola esteve dentro da área axadrezada e um jogador do Sporting de Braga apareceu por perto, surgiu o internacional português a cortar. Jogou com o entusiasmo de um menino.


Momento: um corte que devia ser celebrado como um golo. Minuto 64

Wilson Eduardo ganhou espaço à entrada da área do Boavista e tinha todo o tempo do mundo para definir como bem entendesse. O internacional angolano encheu o pé - a bola levava selo de golo -, mas Ricardo Costa deu o corpo ao esférico e impediu o golo do empate.

Outros destaques:

Rafael Costa: é imprescindível para Lito Vidigal. Hoje mostrou por que razão o técnico confia nele quase cegamente. O médio não deu um lance por perdido, correu quilómetros e marcou. Aliás, o brasileiro farta-se de marcar golos decisivos. Deu a vitória frente ao Desp. Aves e esta noite abriu caminho ao triunfo ante o Sp. Braga. 

Fransérgio: o pior jogador do Sp. Braga. Pareceu sempre muito lento a pensar e a executar. Não perdeu muitas vezes a bola, é verdade, mas também nunca ofereceu o rasgo que a equipa precisava. O melhor que se viu de Fransérgio foi um movimento sem bola, a rasgar a defesa adversária. Isolou-se, mas foi lento e permitiu que Bracali o desarmasse. Um exemplo sintomático da sua exibição.

Wilson: passou muito tempo agarrado à linha na primeira parte e acabou por ser presa fácil para o adversário. A segunda parte do internacional angolano foi bem melhor, revelando-se o elemento mais perigoso dos minhotos. Wilson esteve perto do golo num pontapé na passada e, mais tarde, viu Ricardo Costa negar-lhe o empate.