Figura: Richard

 Ronan foi o matador auriverde, mas o perigo partiu sempre dos pés do brasileiro. Richard fartou-se de driblar camisolas azuis e arrancar cruzamentos venenosos. Foi, no fundo, o homem que liderou o ataque beirão, sobretudo depois da expulsão de Jaquité. Richard ficou perto de um golaço, seria um prémio pelo que jogou.  

Momento: a sorte protegeu Belenenses, minuto 76

Com menos um elemento, Tondela ficou perto do triunfo. André Moreira saiu em falso, não chegou à bola e permitiu que esta chegasse a Straklj. O croata rematou em esforço e acertou no ferro, deixando o guarda-redes e toda a equipa do Belenenses a respirar de alívio.


Outros destaques:


Cassierra: marcou um golo e ficou a dever outro à equipa. O colombiano é um avançado muito interesse e voltou a prová-lo: não se deu à marcação, procurou espaços na lateral e em zonas mais recuadas ora abrir espaço para Licá, ora para ajudar na construção. Notável o instinto que teve para reagir mais rápido que os restantes ao cruzamento de Licá que lhe permitiu fazer o 1-1. 

André Moreira: uma exibição intermitente. É capaz de cometer um erro incrível e de fazer uma defesa notável em dois minutos (!). Os dois lances com Straklj definem a sua prestação na perfeição. 

João Jaquité: foi uma das novidades apresentadas por Natxo. É um jogador operário: correu muito (nem sempre bem), recuperou várias bolas e colocou intensidade na partida. No entanto, cometeu um erro que poderia ter custado caro ao Tondela: viu dois


Ricardo Ferreira: merece totalmente o destaque pelo longo calvário que viveu: foram mais de dois anos desde que se lesionou com gravidade no Bessa até voltar a competir na Liga. O internacional português cumpriu e liderou a defesa azul durante toda a segunda parte. Não há impossíveis quando a vontade é imensa.