Palavras de Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Estádio Marcolino de Castro, após a derrota com o Feirense:

«Íamos encontrar uma equipa agressiva, com intencionalidade que passaria por não nos deixar jogar. Teríamos de ser igualmente intensos, agressivos e tirar a bola do Feirense. Nem sempre fomos competentes na primeira parte a fazer isso. E vou falar apenas pela primeira parte, porque na segunda parte não houve futebol. Não fizemos uma primeira parte capaz. A partir do golo isso acentua-se mais.»

«Quisemos sempre dar a volta aos acontecimentos. Se numa fase inicial tivemos dificuldade em equilibrar a agressividade do Feirense, depois fomos gerindo de forma a tirar proveito. Podíamos ter saído de uma situação vantajosa se conseguíssemos o golo no penalti. Dava o empate e uma vantagem numérica. Não fizemos, tivemos de gerir, colocando pressão na defesa adversária com a entrada do Guedes. Só que depois dá-se a primeira expulsão, a do Bruno Teles. E não vou comentar, recuso-me. Sou treinador, procuro treinar. Depois voltámos a perder outro jogador e continuamos a tentar marcar. Assumimos o jogo, a construção. Não conseguimos golos e, portanto, temos de assumir esta derrota. Pensar o que podíamos ter feito melhor no sentido de, em contextos iguais, fazer diferente. Não é fácil jogar num contexto destes se não se tiver bola.»

Forma de jogar? «O nosso modelo tem congruência. E um modelo com congruência não é consistente. Consistência faz com que as pessoas sejam inflexíveis. A congruência torna-nos flexíveis, para perceber como jogar em cada um dos contextos. Nada nos vai desviar das nossas ideias de jogo. Inflexibilidade ou consistência é estupidez. E nós não queremos ser estúpidos.»

Baixas para o Sporting? «Vamos jogar com onze e certamente ter o banco preenchido. O plantel não é longo, agora temos consciência que temos de trabalhar, no sentido de colocar a equipa competente no jogo. Com o Sporting não vai ser diferente.»