O golo do Rio Ave nos descontos e o gesto obsceno de Miguel Cardoso tornaram o Estádio do Bessa num verdadeiro vulcão. Emoções a transbordar e muitos gestos pouco edificantes.

Na sequência dos incidentes, Miguel Cardoso acabou por estar na sala de imprensa a pedir desculpa pela sua reação, já depois de não ter comparecido na flash interview. O treinador do Rio Ave explicou a ausência em frente às câmaras.

«Não fui à flash porque não me senti em segurança. Houve incidentes diversos. Não posso ir a uma flash e ser insultado, não posso ir a uma flash e ter um adjunto agredido. Já me retratei, estive mal, não somos santos. Tenho um trajeto no futebol completamente imaculado. Não quero dizer mais nada sobre isso hoje.»

Jesualdo Ferreira fez ao contrário. Esteve na flash e não foi à sala de imprensa. No seu lugar apareceu Vítor Murta, presidente do Boavista. O dirigente elogiou o comportamento dos atletas axadrezados, lembrou que o Boavista é a equipa que mais tem sofrido com expulsões e penáltis, e garantiu que o clube não vai descer de divisão.

O Boavista mais tarde garantiu ser totalmente mentira o que Miguel Cardoso tinha referido como explicação para não ter marcado presença na flash-interview da Sporttv, referindo que ninguém tinha agredido nenhum adjunto ou qualquer outro elemento do Rio Ave, como será facilmente comprovável, acrescenta o clube axadrezado em comunicado.

«O Boavista FC desmente categoricamente as acusações do treinador Miguel Cardoso, que mentiu de uma forma descarada ao falar em agressões que só existiram na sua fértil imaginação. Esta mentira será facilmente desmascarada quando forem conhecidos os relatórios das forças policiais e dos delegados da Liga presentes no local. Esta acusação mirabolante só serve de desculpa para o espetáculo degradante que este agente desportivo protagonizou ao longo de todo o jogo», pode ler-se no comunicado.