Declarações de Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, depois da derrota (2-1) diante do Moreirense:

[O que falhou?] «Dois erros em dois lances e as oportunidades que não concretizámos. Era um bom exercício contar quantas bolas bateram nos ferros da baliza do Moreirense. A nossa equipa trabalhou de início ao fim, mas cometeu dois erros de palmatória nos lances que custaram dois golos. Há várias formas de gerir o que acontece nos jogos e de usar o que acontece nos dias seguintes. Não me revejo noutra postura que não seja trabalhar nos erros, acreditando nos nossos princípios. Tenho de me sentir menos contente por sofrer dois golos da forma que sofremos, isso é claro. Agora, não consigo deixar de ver mais além disso. Criámos um conjunto de oportunidades, gerimos a procura de outro resultado com risco. Logo na primeira parte tivemos uma série de bolas na barra ou no poste. Vínhamos com uma energia muito boa ao intervalo, mas cometemos o erro de deixar confortável o Moreirense que pôs as linhas à frente da sua baliza».

[Este jogo era fundamental na luta pelo quinto lugar?] «Tinha dito que era fundamental continuar a somar pontos, relativamente a equipas que tentam chegar ao quinto lugar. Era importante marcar pontos hoje, ganhar seria muito importante, um ponto seria também importante. Não aconteceu, mas importante será a resposta que vamos dar. Acredito que todas as equipas queriam estar na nossa posição, é isso que os jogadores têm de perceber, que se déssemos o nosso lugar todos o queriam. Temos de continuar, e continuar é fazer o que fizemos neste jogo».

[Dois avançados não deram resultado?] «Não há resultados práticos da entrada de um segundo avançado, de jogar com o Dala e com o Guedes, mas há mais fatores. Estamos na 31ª jornada e nunca falei sobre arbitragem e guardei para falar quando tivesse algo para o fazer. Não quero estar sempre a falar, quando andamos sempre a chorar somos considerados chorões. Há um lance que marca o jogo, quanto mais vejo a bola parada que dá na mão do Moreirense mais me convenço que é grande penalidade. Em oito penáltis marcámos seis, por misso havia a possibilidade de ficar 2-2 naquele momento e provavelmente traria energia para algo mais. Parece-me que é penálti e é estranho que não tenha sido consultado o VAR, para que fosse mais claro. É a primeira vez que falo sobre a arbitragem, não podia deixar passar».

[Jogo com o Chaves] «É fundamental que os jogadores percebem que podem sempre fazer melhor, e os treinadores também. Os pontos estão muito caros nesta fase. Todas as equipas têm perdido muitos pontos, está difícil para todos. Este ano o quinto lugar vai ser conseguido com menos pontos do que na época passada e nem se sabe se dará um lugar na Liga Europa, é preciso respeitar isso».