Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, em declarações à Sport TV após a derrota com o FC Porto, no Dragão (2-0):

[sobre a construção a partir de zonas recuadas e a comparação com o anterior ciclo no Rio Ave] «Esta equipa é completamente diferente, o processo também é diferente. O que se passou há três anos foi há três anos. O guarda-redes é que tem a bola dentro de campo, não é o Miguel Cardoso. Há um conjunto de opções. Trabalhámos a saída em diferentes patamares. Compete à equipa, no campo, entender os níveis de oposição e escolher os momentos. Aqui e ali escolheu melhor, noutros momentos escolheu pior, mas teremos tempo para trabalhar melhor.»

«As sensações com que saímos são as que tínhamos quando viemos para o jogo. Estamos num processo que tem pouco tempo, que vai ter evolução, naturalmente, que vai levar a equipa para outro patamar, mas foi difícil aplicar algumas coisas. Houve momentos em que não estivemos bem, nomeadamente a nível defensivo. A relação lateral-ala não me agradou, assim como a relação entre médios. Como existiram outros momentos que agradaram. Se pegarmos no que foi bom e alimentarmos, vamos crescer. Esse é o nosso foco desde o primeiro dia. Não temos tempo para pensar noutra coisa, que é trabalhar já amanha sobre o crescimento da equipa.»

[sobre a falta de tempo para trabalhar a equipa nesta altura, entre jogos] «Temos de compreender isso e fazer adaptações ao que desejaríamos. É uma construção diferente. Temos de perceber os jogadores que temos, que tiveram estimulações diferentes ao longo deste tempo. Temos jogadores que ficarão desadaptados se forem levados a um determinado extremo, até ao nível de lesões. Algumas substituições tiveram a ver com isso. Tivemos um acolhimento muito grande, e temos de fazer adaptações também. O ponto A é onde estamos e o ponto B é onde queremos estar. Sabemos o caminho que queremos fazer.»