Figura: Emmanuel Boateng


O ganês marcou na única oportunidade de que dispôs e resolveu o jogo. De resto, a finalização do avançado foi irrepreensível: receção orientada e finalização em arco fora do alcance de Nakamura. Marcou pela terceira vez na Liga em 2022/23. Boateng teve dificuldades quando jogou de costas para a baliza, mas imprimiu velocidade quando conseguiu cair nas alas, o seu «habitat natural». Figura indiscutível pelo golo. 


Momento: Moufi altera o curso da partida, minuto 30

Depois de uma entrada melhor do Rio Ave, o Portimonense controlou o jogo com bola a partir do primeiro quarto de hora e ensaiou dois pares de aproximações perigosas à baliza de Jhonatan. No entanto, uma entrada imprudente de Moufi, capitão dos algarvios esta noite, sobre Aziz alterou por completo o encontro. Com o cartão vermelho exibido ao marroquino, o caminho vila-condense para a vitória ficou mais fácil.


Outros destaques:

Moufi: jogou como central juntamente com Diaby e Relvas, mas esteve apenas meia-hora em campo. Uma entrada dura por trás sobre Aziz valeu o cartão vermelho direto ao capitão dos algarvios. Uma noite para esquecer, no fundo.

Samaris: a pouco e pouco o médio está a ganhar ritmo e a mostrar pormenores interessantes. Funcionou como «tampão» à frente da defesa, recuperou inúmeras bolas e teve citério na hora de sair para o ataque. Embora não jogue ao mesmo ritmo que os outros, o internacional grego tem qualidade – o lance do golo é sintomático. Samaris fez um passe preciso (parecia que a bola levava olhos) que permitiu Boateng desbloquear o jogo. Repetiu a gracinha no arranque da segunda parte, mas o seu colega não conseguiu driblar Nakamura.

Yago: o avançado iniciou a carreira aos 17 anos e foi descoberto pelo Portimonense na União de Santarém. Forte fisicamente, o brasileiro deu bastante trabalho a Aderllan, Josué e Patrick William e foi o autor dos principais apontamentos ofensivos dos algarvios. Depois de ter errado o alvo em duas situações, Yago viu Jhonatan negar-lhe o golo com uma extraordinária defesa. Pouco depois, Moufi foi expulso e o atacante teve menos oportunidades para brilhar.

Diaby: é verdade que não um defesa-central, mas Paulo Sérgio colocou-o nessa posição. O francês não jogou mal embora seja um jogador que algumas vezes cometa erros. É verdade que somou cortes importantes, fez uso da sua envergadura para ganhar duelos com Aziz e tirou um golo quase certo a Baeza. O problema é que já tinha tido uma abordagem péssima que permitiu a Boateng isolar-se e fazer o 1-0.