Declarações de João Henriques, treinador do Santa Clara, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após a derrota (2-0) frente ao Vitória de Guimarães:

«Considero que a vitória é inteiramente justa, não está em causa. Na primeira parte estivemos demasiado baixos, não era essa a intenção nem o plano de jogo. Na segunda parte retificámos de forma a estar mais agressivos e com as linhas mais subidas contrariamente a uma primeira parte passiva. Não somos uma equipa passiva, nunca fomos, o que nos permite recuperar bolas no meio campo adversário. Hoje não fomos essa equipa, não fomos a equipa que costumamos ser. Tiramos daqui algumas coisas positivas relativamente ao que fizemos na segunda parte, conseguimos mostrar a nossa identidade mas num ritmo demasiado baixo. Nunca foi desculpa, nem vai ser, mas ir perdendo um jogador em cada semana descaracteriza a equipa. Basicamente tem sido estar sempre a tentar manter o mesmo nível, faz parte, mas tem sido um trabalho árduo de todos. Não considero que jogássemos mal, a equipa não esteve tão agressiva como habitual, o que faz toda a diferença no resultado final. A perder por um golo acreditámos que podíamos levar pontos e fizemos as alterações para conseguir isso. Fomos uma equipa em crescendo, mas não fomos pragmáticos pelo que pela segunda vez no campeonato não fizemos golos».

[Duas derrotas beliscam?] «Todos os jogos entram nas nossas contas, entrámos sempre para conquistar pontos. Perdemos com o Sporting num minuto na semana passada, com a grande penalidade e a expulsão. Hoje não fomos a equipa que temos habituado toda a gente no campeonato. Na primeira parte demos muito espaço entre linhas, baixámos muito as linhas. Não belisca de todo, estamos à décima jornada e este resultado não belisca de todo o nosso objetivo da manutenção. O Vitória está em crescendo, tem, sem dúvida, um dos melhores treinadores, está a demonstrar qualidade. Trabalhámos muito, hoje o Vitória foi superior e ganhou bem, na semana passada não fomos inferiores ao Sporting. Na próxima jornada queremos voltar à nossa trajetória para a manutenção tranquila».