Figura do jogo: Morita

Não é fácil escolher uma figura numa partida, regra geral, mal jogada, com duas equipas com dificuldades na construção e a definir mal no último terço do terreno. Portanto, numa situação assim, mais vale escolher um atleta que não sabe jogar mal: Morita. Combateu muito a meio-campo, esteve na base das jogadas mais perigosas do Santa Clara e procurou, muitas vezes sozinho contra a corrente, puxar a equipa para a frente. Hoje, vimo-lo ainda em redobradas missões defensivas, para colmatar as falhas dos centrais açorianas.

Momento do jogo: perdida incrível de Rui Costa, minuto 14

Foi a melhor oportunidade do jogo. 14 minutos de jogo, Morita abre para Lincoln, que cruza para Rui Costa. O português, com espaço, dentro da pequena área, não acertou e atirou ao lado. Num jogo tão bloqueado como o de hoje, desperdiçar oportunidades como esta é fatal.



Outros destaques:

Lincoln

O jogo de hoje exigia mais o fato a macaco e menos o perfume de Lincoln. Num jogo onde os elementos ofensivos do Santa Clara estiveram claramente desinspirados, foi o brasileiro do Santa Clara quem conseguiu gerar algum perigo junto da baliza contrária. O brasileiro fez um jogo esforçado, procurou equilibrar uma equipa descompensada e não se escondeu do jogo.

Baraye

Foi uma força da natureza no ataque do Belenenses. A defesa açoriana nunca conseguiu lidar com ele. Através das deambulações da lateral para o meio, foi o autor de um conjunto de investidas muito perigosas que deixaram os insulares em sentido.

Ricardinho

A melhoria do rendimento do Santa Clara no segundo tempo deve-se, sobretudo, à sua entrada. Agitou com o jogo e catapultou a equipa para a frente, trazendo algum rasgo a um jogo onde a inspiração escasseou.