Santa Clara e Marítimo empataram neste sábado a duas bolas, em jogo da 31.º jornada do campeonato, disputado em Ponta Delgada. Um jogo com duas partes distintas, no qual os açorianos foram melhores no primeiro tempo, mas os madeirenses recuperaram no segundo.

As diferenças também decorreram no ritmo do jogo. A dupla Allano/Tagawa fez a diferença no primeiro tempo. Logo aos cinco minutos, o brasileiro recuperou a bola a meio-campo, conduziu o lance pela esquerda e assistiu o japonês que não desperdiçou. Tagawa, o novo homem golo dos Açores, a faturar pela terceira jornada consecutiva.

Mas o nipónico não ia ficar por aí – nem ele, nem Allano. Aos 33 minutos, a parceria voltaria a dar frutos. Novamente com assistência do brasileiro, Tagawa fez o segundo golo com uma finalização de classe na cara de Paulo Victor.

Os dois momentos fizeram a diferença numa segunda parte disputada a um ritmo baixo e nem sempre bem jogada. Ficou a ideia de que o Marítimo não se conseguiu reerguer do golo sofrido precocemente e de que o Santa Clara, com o tento inaugural, ficou confortável no encontro.

Os açorianos, mantendo a organização defensiva, não se importaram com o domínio da posse de bola por parte do Marítimo. Apostando nas transições ofensivas, o Santa Clara, mais astuto na estratégia, demonstrou uma eficácia tremenda durante os primeiros 45 minutos.

Na segunda parte, o jogo mudou. Vasco Seabra fez entrar Rafik e Vidigal e o Marítimo acordou para a partida. Ao passo disso, Marco, guardião açoriano, teve de sair para entrar Ricardo Fernandes.

Com Rafik e Vidigal em campo, o Marítimo passou a saber o que fazer com o domínio de bola e encostou o Santa Clara às cordas. O ritmo do jogo aumentou.

Aos 56 minutos, André Vidigal ainda fez o golo, mas o lance foi anulado por falta no início do lance e após o árbitro ter consultado as imagens do VAR. Os madeirenses não marcaram aos 56m, marcaram aos 64. Cruzamento de Vidigal e Alipour, livre de marcação, reduziu a vantagem açoriana.

A partida ficou mais aberta e perante o ascendente do Marítimo, Mário Silva fez entrar Morita. Com o japonês, o Santa Clara conseguiu disputar a posse de bola ao adversário, mas o Marítimo continuou a ser a equipa mais perigosa.

Com bola lá e bola cá, as duas equipas não tiraram os olhos das balizas adversárias. Aos 74 minutos, Tagawa ficou a centímetros do hat-trick, mas o cabeceamento passou a rasar a baliza contrária.

Com o passar dos minutos, o ritmo do jogo foi caindo e o encontro voltou a ficar mais fechado. Com a incerteza no marcador a perdurar até ao final, os açorianos foram conseguindo quebrar o ímpeto madeirense e alvejar a baliza adversária através do contra-ataque.

Na reta final do jogo, o Marítimo forçou o golo e o perigo rondou a baliza de Ricardo Fernandes, com os açorianos a defender, em muitas situações, com os jogadores todos atrás da linha da bola.

Aos 85 minutos, Cláudio Wink deitaria um balde de água fria nos adeptos presentes do estádio de São Miguel. Cruzamento largo de Clésio para uma cabeçada certeira de Wink ao segundo poste. Um empate que recompensa as alterações promovidas por Vasco Seabra ao intervalo.