O Benfica apostou na banda larga para resolver os problemas de comunicação longe da Luz. Após cinco deslocações sem triunfos, na Liga, a equipa de Jorge Jesus venceu o Belenenses no Estádio Nacional, por 3-0.

O técnico tinha falado de problemas de comunicação com Waldschmidt, na antevisão do encontro, mas contou com um «bis» de Seferovic para lançar as bases da vitória, consolidada ainda com a estreia a marcar de Lucas Veríssimo. Grimaldo (duas assistências) e Diogo Gonçalves (uma assistência) encontraram vias de comunicação para o golo.

Mesmo com Waldschmidt de início, desta vez, o Benfica demorou a conseguir estabelecer ligação à zona de definição. Com uma circulação lenta e bastante previsível, no período inicial, a equipa de Jorge Jesus esbarrou na organização defensiva do Belenenses, fiel a uma linha mais recuada de cinco elementos, nem que para tal seja preciso adaptar Tiago Esgaio a central, ao lado de Gonçalo Silva e Tomás Ribeiro.

A primeira ocasião de perigo, e neste caso do Benfica, só surgiu ao minuto 24. Grimaldo teve arte para descobrir Pizzi na área, mas o capitão encarnado foi contra a mancha de Kritsyuk.

Logo no minuto seguinte o guarda-redes russo foi batido por um cruzamento da direita, ao ver Seferovic antecipar-se de cabeça, mas a bola saiu por cima da barra.

O Belenenses despertou ofensivamente a partir daqui. As duas jogadas de perigo do Benfica terão servido de aviso, mas a influência maior foi a passagem de Silvestre Varela para a direita, por troca com Miguel Cardoso.

O internacional português testou duas vezes a segurança de Helton Leite (32 e 36m) – a segunda das quais com um remate que aqueceu as mãos ao guarda-redes do Benfica -, e pelo meio ainda serviu Ruben Lima para um remate (com o pior pé) que cruzou a pista de tartan e só parou na bancada do Jamor.

O jogo ficou mais partido, com espaço para ataques rápidos de parte a parte, e a primeira parte até acabou com uma transição do Benfica em que Waldschmidt tentou servir Seferovic na área, mas Kritsyuk saiu aos pés do suíço para evitar o remate.

Após o descanso a entrada do Benfica foi bem diferente, com outra sagacidade a explorar o espaço, e com isso a colher lucro rapidamente. Os primeiros avisos foram de Waldschmidt, mas foi um «bis» de Seferovic a empurrar o Benfica para a vitória.

Jorge Jesus até já preparava as primeiras substituições quando o Benfica chegou à vantagem, e fê-lo através de um ataque rápido, concluído por Seferovic após cruzamento da esquerda de Grimaldo (55m).

O segundo golo do suíço apareceu apenas três minutos depois, e construído na lateral oposta, com Diogo Gonçalves a aproveitar o espaço para lançar Seferovic em profundidade.

O triunfo já estava na mão, mas o Benfica ainda festejou a estreia de Lucas Veríssimo a marcar… com o peito, após cruzamento de Grimaldo.

Sentado no banco de suplentes, Luisão terá sorrido com a memória. É que foi precisamente no Estádio Nacional, e frente ao Belenenses, que o antigo dono da camisola 4 do Benfica estreou-se a marcar de águia ao peito.