Porta-voz da Seleção Nacional esta quarta-feira, numa conferência de imprensa de antevisão aos jogos para a Liga das Nações, Bruno Fernandes foi questionado sobre os episódios recentes de Famalicão e Estoril, a envolver adeptos.

Em Famalicão, uma criança teve de tirar a camisola – do Benfica – e assistir ao jogo entre famalicenses e águias em tronco nu. Já no Estoril, um pai e uma criança do FC Porto foram maltratados na bancada central por adeptos da equipa da casa.

Para o médio do Manchester United, há uma palavra que define estes acontecimentos: ridículo.

Para nós, como portugueses, é ridículo. Já estamos um bocadinho mais avançados, isso devia ser mais normal. As pessoas deviam aceitar as escolhas de cada um. Isto não se trata das instituições em questão. Temos de primar pelo fair-play, aprender muito com Inglaterra. É um país no qual as pessoas saem de um jogo, adeptos rivais, e nada acontece. Vão de comboio para o jogo e nada acontece. Há confrontos e confusões, mas isso acontece em todo o lado», defendeu.

«As crianças vão ao estádio com o sonho de um dia serem como os ídolos que estão a ver, e acho que são coisas que podem ser marcantes para o futuro destas crianças. Pode fazê-las desistir de um sonho por coisas extrafutebol, que não acontecem dentro do campo. Cada ser humano tem de ter a responsabilidade de perceber que o futebol é um espaço para todos: não escolhe género, etnia, nem cor. Toda a gente tem de ser respeitada. Qualquer pessoa que esteja no estádio, seja em que zona, pagou o bilhete, portanto tem de ser respeitado e pode vibrar e festejar com o jogo. Temos de ser melhores e mostrar que o mundo pode ter um futuro melhor, para mim e para os meus filhos», atirou.