As contas do primeiro semestre do Sporting divulgadas nesta terça-feira, e que apresentam lucro de 46,5 milhões no primeiro semestre, revelam aumento nas receitas operacionais sem transações de jogadores, mas também nos gastos, com peso relevante para o aumento da massa salarial.

O Relatório e Contas revela que, sem transações com jogadores, os rendimentos e ganhos operacionais «aumentaram cerca de 11.539 milhares de euros», um aumento de 31 por cento, explicando esses ganhos «essencialmente pelo aumento das receitas provenientes da participação na UEFA Champions League (6,457 milhões de euros), bem como da publicidade e patrocínios (2,033 milhões) e das receitas de bilheteira e bilhetes de época, 1,752 milhões de euros acima do ano anterior. As receitas da UEFA, recorde-se, estão retidas no âmbito do processo Doyen, mas os «leões» decidiram mantê-las nos ativos. 

Os rendimentos operacionais sem transações de jogadores são de 49,065 milhões de euros, enquanto os gastos operacionais totalizam 50,438 milhões. Esses gastos aumentaram em 32 por cento, revela ainda o Relatório e Contas.

As contas revelam ainda um aumento significativo nos gastos com pessoal. «De todos os gastos operacionais regista-se um aumento salarial no semestre atingindo valores de cerca de 31.760 milhares de euros fruto do investimento nos jogadores profissionais de futebol e equipas técnicas», diz o relatório. No exercício de 2015 os gastos com pessoal foram de 23,481 milhões.

«Este investimento é considerado pelo Conselho de Administração como vital e fundamental para a recuperação do posicionamento de liderança da Sporting SAD, sendo o mesmo sustentado e compensado com um aumento de receitas», defende o documento.

A grande receita dos leões advém das transferências de João Mário e Slimani. Elas permitem um saldo de 73,820 milhões de euros de ganhos com transferências, para 13.241 gastos em contratações e comissões. O saldo é assim positivo em 60,579 milhões.