Sérgio Conceição defende que não merecia uma suspensão depois de ter sido expulso no dérbi do Bessa, já que considera que não teve gravidade aquilo que ditou a decisão do árbitro, Hugo Miguel.

«Ninguém fica agradado por ser expulso, mas essas três expulsões que tanto recordam...não apanhei castigo porque não fiz nada de grave. Duas vezes saí da área técnica e desta vez foi por festejar efusivamente o golo», começou por dizer o treinador do FC Porto, em conferência de imprensa.

O treinador usou um momento icónico do futebol português para mostrar como vive os jogos no banco. «Antes de vir para aqui estava a pensar no golo do Eder. Vocês que estão aqui na sala, nós que somos portugueses, ninguém soltou um palavrão ao festejar? São capazes de dizer que não? Só se estivessem na missa ou algo do género... Não é normal? Num momento mais efusivo...».

«Para mim, todos os jogos do FC Porto são o golo do Éder. São vividos com emoção, com paixão. Que querem que eu faça? Não consigo ser de outra forma. Têm que me meter numa jaula ou algo do género», afirmou, voltando então à expulsão do Bessa. «O que é que eu fiz de mal? Saltei, soltei um palavrão... É verdade, estava na direção do banco e da bancada. O que é que eu disse de mais? 'Tomem, qualquer coisa...'».

Sérgio Conceição estabeleceu ainda uma comparação com Jorge Jesus, um treinador que «não está aqui mas anda por aqui».

«O meu amigo Jorge Jesus vive o jogo da mesma forma que eu vivo. E nunca o vi ser expulso por festejar o golo de forma mais efusiva ou sair da área técnica como eu fui expulso duas vezes este ano», apontou o técnico do FC Porto. «Eu tinha jogos contra ele em que por vezes ele estava ao pé do meu banco e ficávamos os dois a conversar».

Sérgio Conceição diz que «não é uma questão de perseguição», mas aponta que «há coincidências». «O fiscal de linha que, na Supertaça, chamou o árbitro para me expulsar foi o mesmo que chamou o árbitro para me expulsar no Bessa. Não sei se ele tem alguma simpatia por mim»