Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, depois do empate contra o Boavista no Dragão:

«Foi a pior primeira parte que fizemos desde que cá estou. Não há justificação. Estávamos precavidos com as transições do Boavista. Eles têm gente interessante para fazer isso. Não podemos fazer uma primeira parte em que não fomos fortes na reação à perda. Fizemos três faltas, não existimos como equipa. Não tivemos ideias com bola. Sou eu que escolho o onze inicial e deu para clarificar ideias sobre alguns jogadores. Não basta entrar com a camisola do FC Porto. É preciso atitude e determinação. São atributos que não nos têm faltado, hoje faltaram.»

[sobre as três substituições e a melhoria na segunda parte]

«A segunda parte esteve dentro daquilo que tem sido o FC Porto. Estamos num momento em que cai tudo para o lado do adversário. O Boavista fez um excelente jogo, organizado, condicionou a nossa mais-valia e podia ter feito mais um ou outro golo até ao intervalo. É verdade. Quando fomos o FC Porto normal já estávamos a perder 0-2. É um jogo para não esquecer e para perceber quem pode ou não estar no FC Porto. Incluindo o treinador.»

[sobre o que falhou no primeiro tempo]

«Os dois médios estavam muito distantes uns dos utros e a reação à perda fi fraca. Os nossos avançados estavam muito alargados. Queríamos ter quatro jogadores por dentro e por fora gente com condução e a pedir a bola no espaço. João Mário na esquerda e Manafá na direita. Não surtiu efeito. Percebi que perante um adversário a defender mais baixo, usei o Fábio para ter qualidade de passe e circulação, para explorar a largura. O que eu queria para o jogo saiu-me ao contrário. Muito estáticos, sem dinâmica, o adversário conseguia sair com facilidade. Podíamos não estar tão bem como bola, mas a atitude é inegociável. Não se pode fazer só três faltas, só se formos o Barcelona e tivermos 90 por cento de bola.