Declarações de Abel Ferreira, treinador do Sp. Braga, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, depois do trunfo (2-0) sobre o Moreirense:

«O Jogo teve duas partes distintas, a primeira onde o Braga foi melhor, entrou com uma forte pressão, a jogar a toda a largura com a rota de ataque muito bem delineada. Na segunda parte houve uma reação muito forte, o Moreirense tomou conta da posse de bola, mas somos uma equipa equilibrada, conseguimos encurtar linhas, foi pena não aproveitar as situações para matar o jogo».

[Regresso do Paulinho aos golos no campeonato] «O Paulinho, à semelhança dos colegas, procura dar o seu melhor. Fez uma pré-época fantástica e ficámos sem o Paulinho numa altura crítica do ano. Ficou parado bastante tempo, por vezes temos de ter paciência e acreditar nos jogadores, o Paulinho foi atrás desse momento, está cada vez mais comprometido e depois a sua qualidade aparece de forma natural dentro e uma ideia coletiva. O lance do golo foi uma das rotas que treinámos para quebrar a última linha do Moreirense, que sabemos que é uma das equipas que mais foras de jogo tira».

[Golo do Paulinho?] «Não é a primeira vez que fez, o ano passado fez um golo semelhante no Portimonense, é uma das rotas trabalhadas no treino».

[Satisfação de saber que tem dois avançados com faro de golo?] «A administração teve competência para os ter, são jogadores que rivalizam entre si, mas mais do que isso é o respeito que têm pelos colegas. Quanto mais competitivos formos internamente mais preparados vamos estar para dar respostas. O Dyego fez apenas um treino sem limitações com o grupo».

[Duplas Dyego Sousa/Paulinho e Paulinho/Wilson o que podem dar?] «O Wilson tem uma característica muito forte, de aproveitar a profundidade, o Paulinho divide mais e o Dyego diria que é um jogador mais de referência. Independentemente de o Dyego estar a 100 por cento, estrategicamente hoje era preferível ter o Wilson em campo, porque nos ia dar profundidade e movimentos de rotura. A nossa ideia é ter jogadores que se complementem na frente».

[VAR] «Sei que o árbitro foi jogador de futebol e há momentos que sonho que estou a jogar e quando acordo já não estou lá dentro. Entendo que lá dentro a posição do árbitro é extremamente difícil, sinto isso no treino. Na posição que estava vi que a bola bati no braço. Na II Liga levei com muitos penáltis daqueles, o mínimo que se pedia é que fosse ver. Tenho uma opinião muito própria em relação ao VAR. Têm de ser tomadas decisões que sejam ou preto ou branco, não pode ser cinzento. Bateu na mão é penálti e ponto final, para mim fazia-se assim, contra mim e a meu favor. Estamos a falar de preto ou branco, as coisas cinzentas não abonam a favor do futebol».