O treinador do Sporting de Braga, Carlos Carvalhal, frisou esta terça-feira que vai apresentar uma «equipa competitiva» em Portimão, para o jogo da 34.ª jornada da I Liga, ante um Portimonense que ainda tem em jogo a permanência no campeonato.

«Em Portimão vamos apresentar uma equipa competitiva para tentar vencer o jogo, não há titulares e suplentes no Sporting de Braga. Eu confio nos jogadores todos, todos estão aptos. Queremos salvaguardar a integridade da competição, sabemos o que está em causa», afirmou, na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, na qual admitiu que esperava ter acompanhado a luta com o segundo e terceiro classificados, no caso FC Porto e Benfica, até ao final da prova.

«Eu falei [ndr: anteriormente] numa situação pontual: o que queria dizer foi que, quando chegamos a dois terços do campeonato e estamos perto do segundo e terceiro, temos a expectativa de conseguir acompanhar até final, independentemente de um objetivo pontual, nomeadamente o Benfica e o FC Porto. Tínhamos expectativa, era o objetivo. Há situações técnicas e de desgaste e a equipa sentiu uma quebra. Teve a ver com a responsabilidade que criámos e a expectativa que criámos. A diferença está lá entre o Sporting de Braga e as outras equipas, mas está atenuada de ano para ano», disse ainda, não querendo comentar o peso da saída de Paulinho para o Sporting na maneira de jogar dos minhotos.

«É o que é, não vale a pena comentar sobre situações que são quase um imperativo do clube em termos do seu equilíbrio financeiro», respondeu.

Pelo meio, fez ainda um balanço da época, que tem ainda, além do jogo em Portimão, a final da Taça de Portugal com o Benfica, no próximo domingo.

«Nós abordámos este campeonato sendo uma equipa de iniciativa, de uma abordagem positiva, ofensiva, audaz. Foi assim que abordámos toda a época. E uma equipa de iniciativa causa mais desgaste. Tem uma taxa de esforço maior. Quando preparámos a época tínhamos quatro competições pela frente. A primeira abordagem foi a Liga Europa, acho que fizemos uma boa prestação. Acabámos por sair com um semifinalista forte, a Roma. Outra foi a Taça da Liga. Recordo que na meia-final batemo-nos com o Benfica, conseguimos superar e fomos à final. Depois, o campeonato: se poderíamos ter mais pontos, poderíamos, fundamentalmente quando chegámos ao segundo terço do campeonato, perto do segundo, terceiro lugar, mas recordo que a equipa foi, na Europa, a que sofreu mais desgaste em janeiro, fevereiro. E muitas vezes nós, treinadores, não sabemos se pagamos o esforço a curto ou médio prazo. Soubemos, penso eu, gerir, de forma a estarmos neste momento num patamar diferente do de há três semanas. Depois, a Taça de Portugal, finalizar bem: recordar que eliminámos o FC Porto», expressou.