Estes dias têm sido diferentes e os treinadores de futebol não fogem à regra. Custódio falou um pouco sobre o seu novo dia-a-dia com esta pandemia, dizendo que faz questão de manter a rotina. Não falta exercício físico, porque é um apaixonado por isso, mas há também muito tempo para a família.

«Ligo muito às rotinas, é importante sabermos o que vamos fazer a seguir. Levanto-me cedo, tomo o pequeno-almoço e faço exercício. Sou apaixonado pelo exercício. Depois dedico-me à família, no contexto de trabalho não é fácil estar muito tempo com a família, agora há mais oportunidade para isso. Dedico algum tempo à observação do que foram os nossos comportamentos, os adversários e equipas que iremos defrontar quando isto recomeçar e também na observação de jogadores que nos possam interessar na preparação da próxima época. Gosto muito de ler e tento estruturar os meus dias para que o tempo possa ser bem aproveitado», aponta Custódio.

O técnico vai mantendo contacto com os jogadores, na medida do possível. «A verdade é que não é fácil manter rotinas e a preparação da equipa. A resposta está nesta conferência: usamos as novas tecnologias. É importante manter as rotinas, fazer alguns exercícios e trabalhar, fazer alguma observação. Temos estado em contacto com os jogadores, tento inteirar-me de como eles estão», disse, concordando que «é natural que a ansiedade aumente» com o evoluir da situação.

 A nível pessoal, após ascender à equipa principal o treinador teve oportunidade de disputar apenas um jogo, mas isso não o deixa com um amargo de boca. «Não queríamos que acontecesse, passar por esta situação. Depois de assumir a equipa claro que não queria, mas não posso ser egoísta ao ponto de por as minhas ambições à frente desta situação. Foi algo que ninguém consegue controlar», atirou.