Ruben Amorim, treinador do Sporting, em declarações na flash interview da BTV, após a vitória por 3-0 no dérbi diante do Benfica, na Luz, num jogo da 13.ª jornada da Liga:

«Sabíamos que o Benfica é muito forte na profundidade e com o Rafa entre linhas. Agrupámos a equipa e escolhemos bem os momentos para pressionar. Ainda assim, o Rafa teve algumas bolas no início do jogo, mas soubemos adaptar-nos bem e utlizamos bem as saídas. Os três da frente entenderam bem o jogo. É impossível dizer-lhes para onde têm de ir, isso depende da qualidade deles.

Defendemos um bocadinho mais baixo do que o que é habitual, saímos bem para o ataque e tivemos muita calma com bola. Foi isto durante todo o jogo. Controlámos o jogo, mas não o dominámos. O Benfica teve mais bola. Ao intervalo entrou o Yaremchuk e sabíamos que o Benfica ia usar mais os cruzamentos, então não podíamos defender numa linha tão baixa. Foi uma adaptação constante e eu tive pouca influência. Estes rapazes continuam a surpreender toda a gente até o treinador.»

[Sporting marcou depois de J. Mário ter desperdiçado o empate]: 

«São momentos que definem o jogo. Sabemos conviver com isso. O Benfica pressionou bem, mas fruto das marcações individuais, conseguimos sair com o Matheus a fazer um jogo incrível. Depois de o Feddal sair, ficámos sem gente para defender os cruzamentos. Por outro lado, o Matheus Reis é mais rápido e acompanhou bem os lances. Foi um grande trabalho dos jogadores, surpreenderam-me. Para a semana podemos estragar tudo. A atitude tem de ser igual contra o Boavista, contra o Benfica ou contra o Dortmund. 

Temos um jogo para a Liga dos Campeões, há jogadores que não vão jogar, mas os miúdos estão aí para ter as oportunidades. Esta vitória dá ânimo. Mas se tivéssemos perdido, não ia dizer que hipotecava alguma coisa. Os líderes têm perdido muitos pontos nos últimos campeonatos. Nós tivemos dez pontos de vantagem e passámos a ter só quatro. Muita coisa vai acontecer até ao final. O campeonato é feito de momentos. O caminho é este.»