O Benfica é o clube que paga mais comissões na transferência de jogadores, como também na renovação de contratos, tendo despendido no espaço de um ano, entre 1 de abril de 2018 e 31 de março de 2019, quase 18 milhões de euros, quase mais dois milhões do que o FC Porto e mais oito milhões do que o Sporting, segundo os números divulgados esta sexta-feira pela Federação Portuguesa de Futebol.

Os números do Benfica dizem respeito a um total de 36 transações envolvendo intermediários, doze relativas à compra e vendas de jogadores e outras 24 relativas a renovações de contratos. A FPF divulga apenas o valor total que o Benfica pagou aos intermediários ou representantes dos jogadores – 17.883.893,02€ - mas não revela os valores parciais.

Ainda assim, pelo segundo ano consecutivo, a SAD do Benfica volta a diminuir o valor despendido com intermediários, tendo em conta que em 2017, no mesmo período homólogo, o clube da Luz tinha pago mais de 30 milhões de euros e, em 2018, já tinha descido esse valor para 21.628.572,50€.

Entre as transferências desta ano destacam-se nomes como Nicolas Castillo, Lisandro López, Ferreyra, João Carvalho, Jiménez, Talisca, Dawidowicz, João Amaral, Gabriel, Carrillo, Vlachodimos e Conti.

Comissões pagas pelos clubes da Liga

Os números do FC Porto não são muito diferentes com um total de 16.120.560,63€ pagos a intermediários relativos a 38 transações, divididas entre doze transferências e 26 renovações de contrato. Entre as transferências estão mencionados os nomes de Moreto Cassamá, Raul Gudino, Diogo Dalot, Gonçalo Paciência, Boly, Suk, Quintero, Ricardo Pereira, Mendoza, Galeno, Layun e Waris.

O clube do Dragão dobra praticamente os valores apresentados na época passada, em que tinha sido, inclusive, sido ultrapassado pelo Sp. Braga, com um valor de 8.636.395,89€ pagos a empresários.

Já o Sporting pagou neste último período 10.178.194,00€ a intermediários divididos por nove transferências e 24 renovações. Entre entradas e saídas do clube, estão referidos os nomes de Sturaro, Viviano (2x), Borja, Doumbia, Gonzalo Plata, Anthony Walker, Tobias Figueiredo, Gudelj, Piccini, Domingos Duarte e Jonathan Silva.

Os leões também pagam menos em relação ao ano anterior em que tinham gasto 14.708.520,74€, com a particularidade de, além das transações entre clubes também contar com uma alínea com uma comissão paga a Viviano, guarda-redes italiano contratado à Sampdória e que depois saiu, sem jogar, para o SPAL.

V. Guimarães também pagou mais de 3 milhões

A seguir aos três grandes, destaca-se o Vitória de Guimarães com uma despesa total de 3.107.400,00€, mais do que os restantes clubes da Liga, excluindo os grandes, que, todos juntos, não vão além de 2.722.582,00€, com o Sp. Braga a contribuir com boa parte deste valor, com um total de 1.148.100,00€.

O Sp. Braga foi o que mais cortou neste parâmetro, caindo de um investimento de mais de 8 milhões em 2018, para pouco mais de um milhão no período em análise.

O documento apresentado pela FPF conta apenas com transações que incluem apenas quinze clubes da I Liga, deixando de fora Moreirense, Portimonense e Feirense que, ao que tudo indica, não pagaram a intermediários no período em análise.

Real Massamá gastou mais do que o Sp. Braga

Por outro lado, estão mencionados seis clubes da II Liga – Académica, Estoril, Paços de Ferreira, Leixões, Real e Sp. Espinho – com destaque para os números apresentados pelo clube de Massamá que, entre compras e vendas, pagou 1.254.000,00€ a intermediários, mais do que o Sp. Braga.

Um valor exorbitante que pode ser explicado pela transferência de Carlos Vinicius do Rio Ave para o Nápoles.

No total, entre abril de 2018 e março de 2019, os clubes gastaram 51.818.272€, um decréscimo assinalável em relação ao período homólogo da época passada, em que os valores despendidos com intermediários ultrapassaram os 62 milhões de euros.