Ivo Vieira, treinador do Moreirense, analisa a derrota com o Sporting, em jogo da 18ª jornada da Liga (2-1):

«Acima de tudo, nos primeiros 30 minutos não fomos a equipa que costumamos ser. O Sporting controlou. Às vezes há quem se ria dos nossos objetivos, mesmo contra os grandes, mas continuo a acreditar no que podemos fazer, no crescimento dos clubes mais pequenos. O que eu gostava de evitar, na minha equipa foi o que fizemos nos primeiros 30 minutos. Demos dois golos de vantagem e não atacámos, só defendemos. Depois, nos últimos quinze minutos da primeira parte, e depois na segunda parte, é que tentámos discutir o jogo. Não criámos situações flagrantes de golo, é verdade, mas arriscámos mais, colocámos mais gente na frente. Por algum mérito do Sporting os primeiros 30 minutos não foram à medida do que perspetivava. Nos outros 60 minutos foi um jogo disputado e fizemos mais aquilo que eu penso que a minha equipa pode fazer. No último terço podíamos ter feito melhor, fica esse amargo. Mas procuro que sejamos mais a equipa dos últimos 60 minutos e não dos primeiros 30.»

[sobre a dupla alteração, com Bilel e Nenê a renderem Arsénio e Pedro Nuno] «Era para dar mais velocidade no último terço, ter um jogador como referência a ponta de lança e fazer chegar a bola a zonas de finalização, mas não o conseguimos com fluidez. Depois jogámos com dois pontas de lança para jogar mais em largura, mas não fizemos assim tantos cruzamentos. Eram as nossas ideias, mas o Sporting defendeu-se bem. Não fomos capazes de marcar, mas os jogadores trabalharam nesse sentido.»

[ainda sobre o mau início de jogo] «Na primeira parte estivemos muito baixos e demos espaço ao Sporting para construir. Retifiquei isso ao intervalo, pois estávamos muito longe da baliza adversária. Demos 30 minutos de vantagem ao Sporting. Esperámos muito por aquilo que o jogo podia dar e não fizemos muito por aquilo que queríamos do jogo. Não tem a ver com a entrega dos jogadores, mas foi por mérito do Sporting, que nos encostou. Devíamos ter sido mais audazes, mais corajosos e aí a responsabilidade é minha.»