Nani contra Maxi Pereira. O Sporting desenhado por Marco Silva usa e abusa dos flancos, sendo das equipas da Liga que mais ocasiões de golo constrói através de vias-rápidas abertas nos corredores laterais. É precisamente nessa zona que o Sporting tem os seus principais fantasistas: Carrillo e Nani. O internacional português terá muitas vezes pela frente Maxi Pereira, um dos fiáveis elementos da estratégia de Jorge Jesus como preponderância no processo ofensivo e defensivo dos encarnados. Quem vai levar a melhor?

Nani: 15 jogos, três golos



A favor: o melhor jogador da equipa

O internacional português aterrou em Alvalade com a aura de grande reforço para esta temporada e não tem feito por menos. É claramente o melhor jogador da equipa comandada por Marco Silva, partindo de uma das faixas para a assumir o comando do processo ofensivo dos leões com oito golos apontados em todas as competições. Forte no um para um, gere os tempos da equipa e abre o flanco para a passagem de Jefferson vindo de trás. Acresce a tudo isto a preponderância nas bolas paradas e a liberdade de movimentos de que goza para oferecer soluções à equipa.


Contra: batuta em excesso

Depois de euforia com a sua chegada a Lisboa, nem tudo foi um mar de rosas para o camisola 77 dos leões neste regresso a casa. Na estreia em Alvalade, diante do Arouca, assumiu a marcação da grande penalidade contra as instruções definidas e …falhou, deixando os adeptos verde e brancos à beira de um ataque de nervos. Por vezes, a vontade de pagar na batuta da equipa faz com que queira a bola só para si, retirando fluidez e permitindo que os adversários se reposicionem. Em noites de maior apagamento, a equipa sente a falta do seu mais que tudo: os leões só venceram metade dos jogos na Liga sem Nani.

  Maxi Pereira: 18 jogos, três golos


A favor: um tanque de combate

Maxi Pereira é um dos históricos do balneário encarnado, tendo celebrado troféus ao longo das oito épocas em que mora na Luz. Fiável a defender, impõe respeito aos adversários não se coibindo de lhes mostrar os dentes em lances mais disputados. Junta a tudo isto uma enorme disponibilidade para participar no processo ofensivo, através de boas combinações com ‘Toto’ Salvio, demonstrando, inclusivamente, apetite pela baliza adversária como se viu na última jornada. Assume os lançamentos longos para a área adversária, num dos esquemas táticos em que o Jesus mais procura aproveitar os centímetros dos seus jogadores mais fortes no ar.

Contra: vai tudo à frente

O uruguaio tem como principal handicap o excesso de virilidade com que aborda os lances, situação que já lhe valeu uma série de cartões amarelos esta temporada (6). Perante adversários rápidos com bom poder de drible, pode ficar condicionado muito cedo no jogo. De resto, embora mantenha a velocidade-cruzeiro durante os 90 minutos, não tem, nem de perto nem de longe, o poder de explosão de Nani (ou Carrillo), o que, aliado ao desposicionamento defensivo pode abrir verdadeiras pistas de aceleração para as bicicletas que Marco Silva vai lançar em campo.