A época que se aproxima do fim promete deixar saudades por um lado, porque está a ser discutida ao centímetro, mas promete também não deixar saudades por outro: sobretudo porque fica marcada por um jogo de sujo de críticas, ataques e insinuações.

Pedro Proença não gostou do que viu este ano e garante que não quer vê-lo repetido.

«Enquanto gestor de uma atividade que é o futebol-indústria não gostamos de assistir a este tipo de situações», começou por referir.

«O quadro regulamentar que existe não foi feito por mim e também não tive possibilidade de acrescentar valor ao quadro disciplinar. Estamos a trabalhar, porém, nesse tema e teremos uma época 2016/17 completamente diferente nessas circunstâncias: iremos penalizar quem efetivamente não souber defender o futebol-indústria.»

Basicamente Pedro Proença promete criar novos regulamentos que permitam castigar fortemente quem critica os árbitros, a competição ou os adversários, de forma a tornar impossível a desvalorização do futebol que se vê agora com tantas insinuações.

O presidente da Liga quer que as pessoas do futebol respeitem o futebol, e sobretudo respeitem o campeonato nacional, não levantando a voz para dizer que é sujo.

«A Liga saberá encontrar uma forma de penalizar toda e qualquer pessoa que diga mal do futebol profissional. É isso que acontece em todas as grandes organizações internacionais, é isso que acontece nos modelos de sucesso da FIFA e da UEFA, que estão respaldados pelo modelo de defesa do futebol, e é isso que tem de acontecer em Portugal. É isso que vamos fazer através dos regulamentos», frisou.

«Se os clubes vão aceitar? Têm que aceitar, porque estas são as boas práticas internacionais.»

Pedro Proença admite no entanto que este pode não ser um caminho fácil, porque o futebol português está cheio de vícios antigos e difíceis de ultrapassar, mas acrescenta que se sente com força para lutar pela modernização do jogo.

«Sabemos que há resistências, mas obviamente que enquanto presidente da Liga tudo farei para que as mesmas se esbatam. É esta a minha função e estarei nele enquanto tiver forças. A disputa deve ser feita dentro das quatro linhas. Fora delas há propriedades comuns que os clubes do futebol profissionais têm de saber defender.»