Figura: Morita. Japonês encheu o campo

Ruben Amorim mexeu muito na equipa, mas não abdicou do médio japonês. O treinador assumiu, na antevisão, que recuar Pote era uma possibilidade, mas acabou por manter a confiança em Morita que acabou por corresponder com uma grande exibição. Foi o japonês que desbloqueou o marcador, corrigindo um pontapé forte de Nuno Santos na área e foi também o japonês que esteve na origem do segundo, arredondando a bola, com um toque de calcanhar, para a entrada fulgurante de Pote. Além da influência nos dois primeiros golos, sempre com uma forte chegada à frente de ataque, o médio esteve exímio na recuperação de bolas, na pressão sobre os adversários e lançou muitas vezes a equipa para a frente com passes em profundidade. Uma exibição muito completa a todos os níveis.

Momento: Rochinha mata o jogo

Faltavam dez minutos para o final e o jogo estava aberto, com o Sporting por cima, mas com o Gil Vicente a procurar um golo que, com o resultado, em 2-0, iria com certeza fazer abanar o leão. Na sequência de um passe longo de Ricardo Esgaio, Rochinha, acabado de entrar, matou o jogo. O extremo teve tempo para tudo, veio de fora para dentro, tirou Lucas da frente, simulou um primeiro remate e, depois, atirou a contar. Foi o primeiro golo de Rochinha pelo Sporting e permitiu à equipa serenar nos instantes finais.

Outros destaques:

José Marsà

O jovem central espanhol estreou-se como titular no centro da defesa do Sporting e acabou por cumprir, dando continuidade à boa pré-época que o treinador já tinha recordado na antevisão do jogo. Apoiado pelos adeptos, o espanhol foi sempre aplaudido sempre que tocou na bola. É verdade que não teve muito trabalho ao longo do jogo, mas cumpriu numa posição difícil, jogando mesmo ao centro, entre Gonçalo Inácio e Matheus Reis.

Ricardo Esgaio

Depois das muitas criticas que recebeu pela exibição no Bessa, com destaque para o lance da grande penalidade, o lateral esteve em especial destaque esta noite, dando grande dinâmica ao corredor direito, «imitando» Nuno Santos no lado contrário. Chegou muitas vezes à linha de fundo e também lançou muitas vezes a equipa para a frente com passes longos. Foi ele, aliás, que fez o passe para Rochinha «matar» o jogo.

Nuno Santos

Outro jogador que continua em alta, sempre disponível para fazer todo o corredor. Procurou muitas vezes o golo, fez muitos remates, mas acabou por não festejar.

Fran Navarro

Não festejou Nuno Santos, mas festejou Fran Navarro. Tanto insistiu que acabou por marcar em tempo de compensação. Mesmo no pior período da sua equipa, o avançado espanhol, que no defeso chegou a andar na órbita do Sporting, chegou a ameaçar a baliza de Adán. Já tinha tido uma oportunidade na primeira parte, teve uma segunda e uma terceira no segundo tempo e acabou mesmo por marcar.