FIGURA: Talocha

Já estava a ser um dos homens em maior evidência no jogo e acentuou-o ao apontar, aos 76 minutos, o golo que abriu a vitória do Gil Vicente, para três pontos fundamentais na aproximação à permanência na I Liga. Subiu sempre que teve oportunidade para apoiar o ataque e até teve um remate em que podia, tivesse sido com o pé esquerdo e não com o direito, criado mais perigo a Kieszek. Na segunda parte, teve duas ações importantes, com cortes em carrinho, a anular potenciais lances de perigo do Rio Ave. Já tinha marcado no último jogo fora, que também deu vitória, em Guimarães.

MOMENTO: expulsão no Rio Ave e o penálti da decisão (76m)

Borevkovic, até então muito bem no capítulo defensivo no Rio Ave, acabou por estar envolvido no lance decisivo do jogo, ao travar Pedrinho para o penálti convertido com êxito por Talocha. No meio disto, Filipe Augusto foi ainda mais imprudente, ao pontapear a bola em jeito de protesto, vendo o segundo amarelo para consequente expulsão. Duas desvantagens fatais para o Rio Ave num minuto: nos homens em campo e no marcador.

Rio Ave-Gil Vicente: a reportagem do jogo

OUTROS DESTAQUES

Francisco Geraldes: evidenciou-se após a entrada de Guga, que reforçou o meio-campo e permitiu até outra liberdade de movimentos ao ex-Sporting, que mostrou mais capacidade com bola a partir dos 60 minutos. Foi pouco depois que viu Denis assinar um dos momentos do jogo: o médio viu negado um golaço.

Lucas Mineiro: importante nos equilíbrios da equipa a meio-campo, começou por assumir a pressão junto de Pedro Marques, na saída de bola do Rio Ave, aparecendo sempre muito solto ao longo do campo, sem bola. Ajudou também à coesão na construção da equipa.

Ygor Nogueira: deu quase sempre o corpo às ‘balas’. Neste caso, às bolas, claro está. Nunca temeu na oposição aos remates contrários e teve bom sentido de antecipação aos adversários em vários lances de disputa pelo ar.

Nélson Monte: apesar da derrota, o central do Rio Ave fez um bom jogo, responsável sobretudo na missão defensiva. Nunca desistiu de um lance e isso, a exemplo, ficou evidenciado quando, no penúltimo lance do jogo, impediu que Baraye se isolasse para marcar.

Denis: se o Gil Vicente ficou a zeros no capítulo defensivo, em muito deve, não só à sua resistência defensiva, mas também ao seu guarda-redes, que foi imperial na última meia-hora. Da defesa soberba ao remate de Geraldes até lances ganhos pelo ar, um homem importante no triunfo gilista.

Samuel Lino: não precisou nem de dez minutos para colocar o nome na ficha dos marcadores do jogo, com o golo no último lance. Nono tento da época, o segundo jogo consecutivo a marcar.