Figura: Taremi

Com a saída prematura de Corona, o iraniano agarrou a equipa ao jogo e à luta pelo título. O avançado persa foi o dono da batuta dos homens de azul, jogou e fez jogar. Taremi começou por assistir Toni Martínez de forma sublime para o 1-0 – a leitura do lance, quando o passe de Corona ainda está no ar, é de um avançado de classe mundial. O altruísmo do ex-Rio Ave durou até ao passe para golo que Uribe desperdiçou. A partir daí, Taremi ganhou o penálti e converteu-o, devolvendo a vantagem ao FC Porto e chegando aos 20 golos na temporada. Decisivo, claro.

Momento: Grujic mantém a chama acesa, minuto 75

O Famalicão estava a tentar organizar-se para partir à procura do empate. Poucos segundos após a entrada de Anderson, o FC Porto marcou. Provavelmente não haveria melhor altura para o fazer. O livre cobrado por Otávio saiu na perfeição para o cabeceamento certeiro de Grujic. Apesar de ainda ter tocado na bola, Luiz Júnior pareceu mal batido.

Outros destaques:

Ugarte: o que joga este menino de 20 anos. O uruguaio revelou-se forte na pressão, foi capaz de ganhar metros em progressão e não tremeu quando pressionado por um ou mais adversários. Ugarte foi um dos mais esclarecidos na hora de fazer a bola girar à procura do espaço livre. Além disso, o médio ainda tentou o golo na primeira parte, mas o remate saiu fraco e fácil para Marchesín. Foi um verdadeiro achado do scouting do Famalicão. 

Francisco Conceição: não teve a estreia a titular com que certamente sonhou. Embora não tenha estado a um nível inferior à maioria dos companheiros, o jovem extremo teve dificuldades para se superar a Calvin em lances de um contra um e acabou por sair ao intervalo.

Diogo Queirós: cometeu um erro crasso e está diretamente ligado a um dos momentos do jogo. De regresso ao Dragão, o internacional sub-21 português estava a fazer uma exibição bastante segura até ao lance do penálti sobre Taremi. Foi um lance infeliz que Queirós não merecia pela qualidade que tinha demonstrado até esse minuto.

Ivo Rodrigues: raramente chamou a si a atenção, mas quando o fez, fê-lo em grande estilo. O extremo formado nos dragões fez um golaço de livre direto e chegou ao quarto golo na Liga, um registo bom tendo em conta que chegou em janeiro. Por respeito, Ivo Rodrigues não festejou e acabou em lágrimas.

Toni Martínez: o espanhol não esteve brilhante, mas provou que é de uma utilidade tremenda. O avançado abriu o marcador com um pontapé fortíssimo a finalizar uma boa jogada coletiva. Além do golo, Toni Martínez acumulou pormenores interessantes e fartou-se de pressionar a saída de bola contrária.