Jorge Jesus, treinador do Sporting, em declarações na conferência de imprensa, após a vitória suada do Sporting em Tondela, no encerramento da 23.ª jornada.

«Este jogo não foi fácil, com a vitória a aparecer mesmo ao cair do pano, depois de termos começado a perder como já tinha acontecido em Astana. A equipa do Sporting ganhou este jogo com muito coração e muita vontade. A expulsão do Mathieu pôs a equipa em perigo e não se justifica uma atitude destas de um jogador tão experiente, mas isso é um problema para falarmos dentro do balneário. Quanto ao jogo, na 1.ª parte deveria ter mais tempo porque houve muito anti-jogo e o árbitro deu só um minuto e tinha de dar muito mais tempo porque a partir do momento em que estava em vantagem - parece que o anti-jogo está na moda -, fez faltas atrás de faltas. Fez 24 faltas e quando veio aqui um rival tinha feito oito.»

«O jogo não foi fácil por vários fatores, um dos quais a linha defensiva do Tondela que tinha praticamente seis jogadores e os nossos corredores tiveram dificuldade para penetrar e ganhar espaço. Das duas vezes que conseguiram, deu o golo com o cruzamento do Acuña para o Bas. Na segunda parte, quando pensávamos que o jogo se podia tornar mais fácil, a expulsou complicou. Eu não quis colocar nenhum central e joguei no risco máximo, tinha mais uma substituição para fazer mas não valia a pena fazê-la. Estávamos empatados e não ia tirar avançados porque o que era preciso era arriscar mais. Aliás, nos últimos cinco minutos tivemos o Seba [Coates] como ponta de lança e é ele que faz o golo.»

«A partir da expulsão, dei ordens para a equipa jogar partida e acabámos por ser felizes, mas fizemos tudo por isso. Obviamente, ninguém gosta de perder no último minuto, mas não tem desculpa nenhuma. O árbitro avisou toda a gente que estava dentro do campo que depois daquele lance ia dar mais três minutos e depois disse, três não, dois. O golo é legal, limpinho - claro que custa, também já me aconteceu - mas a vitória do Sporting é justa.»

[sobre o regresso de Bas Dost]

«Não esperava deixá-lo a jogar o tempo todo. Mas felizmente não se ressentiu de nada relativamente à lesão, mas no fim do jogo confessou-me que nos últimos minutos estava muito fatigado. Mas não havia nada a fazer. ele tinha de ficar lá, com dor ou sem dor. Felizmente, recuperou completamente, fez um golo e foi determinante no segundo. Tem umas características como não temos noutro jogador.»