O novo treinador do Gil Vicente, Rui Almeida, quer consolidar os gilistas na Liga e assume-se preparado para substituir Vítor Oliveira «Depois de uma época fantástica, tenho essa responsabilidade. O objetivo primário é consolidar a estabilidade do clube e não andar apenas a lutar pela manutenção. Vamos ser competitivos e disciplinados, mas com grande coração, para emocionar e atrair o adepto», apontou, numa conversa promovida pelos minhotos nas redes sociais.

Depois de cinco anos entre as duas principais divisões francesas, Rui Almeida não escondeu o orgulho que significa voltar ao futebol português, e ao Gil Vicente mais concretamente.

«Fiquei muito feliz, mas não surpreendido. Há que aproveitar a base feita de pessoas competentes e acrescentar alguma coisa. Importa que todos os jogadores encaixem e percebam as definições de família deste clube. As questões técnicas são fundamentais, mas a expressão individual vai assentar sempre numa dimensão coletiva», frisou.

A primeira temporada da equipa de Barcelos na Liga correu bastante bem, com 43 pontos somados, depois de uma subida 'na secretaria' do Campeonato de Portugal para a Primeira Liga. Agora, cabe a Rui Almeida dar seguimento ao bom trabalho feito pelo seu antecessor Vítor Oliveira.

«A Liga é uma prova competitiva e com um nível elevado de treinadores e jogadores. É preciso estarmos preparados para essa dificuldade, sabendo que temos valor. Quando saem alguns jogadores, naturalmente precisamos de qualidade. Buscamos sempre qualidade no perfil humano, sendo que uma das obrigações é valorizar os atletas.»

Sobre a incógnita em torno do regresso dos adeptos aos estádios, o treinador lembrou que não é uma situação benéfica para ninguém. Nesse capítulo, até é dos mais experientes da Liga, depois da situação que viveu no Egipto, enquanto adjunto de Jesualdo Ferreira.

«Espero que isto seja ultrapassado rapidamente, mas não depende só de nós. Tenho alguma experiência de jogos à porta fechada. No Zamalek, vivi muito essa realidade em virtude da situação no Egito. Sei bem que não é fácil para ninguém. Na ausência de adeptos, os jogadores e os treinadores têm de ser o gatilho da emoção do jogo», avisou.

Aos 50 anos, o técnico tem a sua primeira experiência como treinador principal de uma equipa do máximo escalão português.A sua prioridade é seduzir os adeptos com o seu estilo de jogo, e com a soma regular de pontos.

«Acima de tudo, vou tentar que os adeptos saiam do estádio no final de um jogo e estejam geralmente ansiosos pelo próximo. Se conseguirmos fazer isso, fico imensamente feliz e significa que fizemos bem o nosso trabalho. Ninguém foge à parte racional da vitória, mas muitos adoram o futebol pela forma emocional como estamos em campo», terminou.