Declarações do treinador do Vizela, Tulipa, à SportTV, após a derrota por 1-0 ante o Arouca, em jogo da 29.ª jornada da I Liga:

[Vizela dá goleada na estatística, mas não marca:] «Sim, é verdade. O jogo resolveu-se claramente por aí. Ambas as equipas tiveram um penálti, uma delas fez golo. A nossa, não. Para além do resultado, olho muito à produtividade da equipa, ao que fazemos e que normalmente queremos que esteja no jogo. Treinámos para jogar desta forma e claramente vincou-se isso. Nós tomámos conta do jogo, sabíamos que o adversário é competente, por isso é que tem uma posição clara no quinto lugar, mas nós mandámos no jogo, soubemos tirar bola ao adversário. Nem sempre, no último terço, decidimos bem, mas fomos coerentes a levar o jogo para a frente e a equipa junta.»

«Na segunda parte, não deixámos o adversário sair em transição. Lamentavelmente não levamos nada daqui, gostaríamos de ter levado pontos por aquilo que foi a exibição, o empenho e a resiliência da equipa, porque quando se está a perder contra uma equipa como o Arouca, que tem dois avançados rápidos e que sai forte na transição… Nós fomos cuidadosos até aí, tivemos um bom jogo posicional que impediu o adversário de ter grandes oportunidades. Depois, as estatísticas é isto: 14 cantos contra zero, por exemplo, 67 por cento de posse de bola, mas o resultado foi a favor do adversário.»

«Jogámos o nosso jogo, o que queremos fazer em grande parte dos desafios. Nem sempre é possível ter tanto tempo a bola e com tanta qualidade, mas levamos zero pontos e, também, por aquilo que foi o esforço dos adeptos, gostaríamos que aqueles quatro centímetros nos dessem a oportunidade de levar um ponto.»

[Se não passou pela cabeça colocar dois homens na frente, quando colocou Etim, mas tirou Osmajic:] «Não passou, porque lamentavelmente foi por questões físicas, não por questões de estratégia. Foi por questões físicas. Lamentavelmente vamos perder, possivelmente, o Osmajic para o próximo jogo. Temos boas soluções, o Etim é uma delas. Tive de escolher dois jogadores para ficar de fora do nosso jogo e que trabalham muitíssimo bem, o Aidara e o Schmidt e também temos gente jovem com qualidade. Volto a fazer jus a esta ideia: continuamos o nosso caminho, não ir por atalhos, porque os atalhos normalmente não nos servem de nada.»