A FIGURA

Oliver: Encaixou que nem uma luva na equipa portista e fez uma exibição de mão cheia. Não só pelo golo que marcou, em que pareceu quase um acaso estar a passar aquando do remate de Otávio, mas sobretudo pela forma como se tornou importante na circulação de bola e na decisão do jogo portista. E não faltaram aqueles pormenores de classe que o caracterizam.

O MOMENTO

Golo de Oliver, 46 minutos: Marcado a meias por Otávio e Oliver Torres, acabou por ser o momento que mudou o jogo. Otávio fez o remate, Oliver ia a passar e desviou. A bola só parou dentro da baliza, e, mais do que aumentar a vantagem portista, afetou o espírito dos vitorianos. O jogo não mais foi o mesmo.

OUTROS DESTAQUES

André Silva: Com Depoitre mais fixo, teve a oportunidade de vaguear pelo ataque portista, como tanto gosta, aparecendo, quer à esquerda e à direita, quer na zona central, e a ir buscar jogo atrás. Mais difícil de marcar e a aproveitar para servir os companheiros foi gerando várias ocasiões importantes. Numa delas ainda colocou a bola dentro da baliza, mas o árbitro considerou que lhe tocou com o braço antes.

Depoitre: Além de dar mais liberdade a André Silva, criou, eles próprio algumas ocasiões de perigo. Obrigou Douglas a uma enorme defesa para evitar o golo e, num pontapé de canto, faz o desvio que leva a bola até Marcano, que aproveitou para abrir o marcador.

Layun: Obrigado a longas viagens por estar ao serviço da seleção mexicana, mas sem grande hipótese de ser poupado por causa da lesão de Maxi, foi o pilar do corredor direto portista. Além de ter de conter um atrevido Raphinha, funcionava como extremo portista nos lances ofensivos. Na marcação de um livre, ainda fez a baliza estremecer com uma bola à barra, e fez o cruzamento em que João Aurélio, ao tentar limpar, acabou por fazer autogolo.

André André: Peça importantíssima no meio campo portista, quer quando a equipa tem a bola, nas transições, quer, sobretudo, quando não a tem, a pressionar o adversário e a secar muitos dos lance de ataque do Vitória.

Marcano: Estreou-se a marcar na Liga esta temporada numa altura em que o FC Porto já tinha visto um golo anulado e o marcador ainda estava a zero. E muito seguro nas suas funções defensivas.

Raphinha: Com Layun a jogar numa extensão tão grande de terreno, era pelo seu lado que o V. Guimarães tentava subir mais, com Raphinha como timoneiro desse ataque. Um jogo de muita luta e muito trabalho, em que ganhou inúmeros lances de bola parada.