João Aroso, treinador-adjunto do Vitória de Guimarães, em declarações na flash interview à Sport TV, após a derrota (3-0) no Dragão, frente ao FC Porto, na 34.ª e última jornada da Liga:

«[Expulsão] Elogiar muito este grupo de trabalho. Em nome da equipa técnica, expressar este sentimento de orgulho, foi uma época muito difícil, demos uma demonstração de muita competência e caráter muito grande e, neste jogo, mais uma vez, em condições muito difíceis. Por isso, os jogadores merecem o elogio. Sentimo-nos muito orgulhosos deles. Associar a isso a forma como os nossos adeptos reconheceram isso e foram quase sempre o 12.º jogador, ajudaram estes rapazes a irem buscar forças onde era difícil ir buscar. Para mim é muito importante e justo.

Houve três jogos em que não conseguimos competir: na casa dos três grandes. Hoje, em Alvalade e na Luz. Em Alvalade e hoje começámos a perder estando reduzidos a 10. O 1-0 ao minuto 8 torna a situação difícil.

O primeiro golo surge depois de um canto a nosso favor. Como tínhamos perdido o Handel, quisemos ter cinco jogadores na área, abdicámos de um à entrada da área e acabámos por não ser totalmente competentes. Depois, sofremos o segundo golo em contra ataque, porque quisemos ter coragem para jogar. Mas, depois, ficou difícil.

Lembrar que a nossa linha defensiva foi composta por cinco jogadores que no ano passado jogavam na equipa B, na Liga 3. No total, jogaram sete jogadores nessas circunstâncias. Não serve de desculpa, mas para valorizar a época e jogo que estes jogadores fizeram. Ressaltar outro aspeto: tentámos dar capacidade de recuperação de bola ao meio-campo, abdicando de dois alas, sabendo que podíamos ter menos saída para o contra ataque, mas era muito difícil já discutir o resultado. A capacidade do FC Porto na reação à perda é muito forte e condicionou a capacidade de termos mais jogo. Lançámos o desafio ao intervalo que era tentar não perder o jogo na segunda parte, conseguimos isso.

[Expectativas do início da época] Quem acompanha de perto tem noção das dificuldades. A história e dimensão do clube quase obriga ao quinto lugar, mas, nas circunstâncias atuais, quem conhece a realidade, não imaginaria que seria possível isto acontecer.

Tivemos lesões de jogadores importantes, alguns experientes, lesões prolongadas, momentos em que fomos devassados no eixo central da defesa foram dificuldades adicionais. Criaram um contexto mais difícil, mas fomos conseguindo superar.»