O Marítimo empatou contra o Vitória e garantiu, nesta penúltima jornada, a manutenção na I Liga. Os insulares passam a ter quatro pontos de vantagem sobre a zona do playoff de descida, depois de vários meses de dúvidas e resultados irregulares.

A derrota do Rio Ave na noite de sábado já assegurara a permanência, mas o empate foi o simbolismo a que a equipa se agarrou para festejar. Ao mesmo tempo, o nulo no Funchal deixa os de Guimarães lado a lado com o Santa Clara no sexto lugar - e com vantagem no confronto direto. 

Começou equilibrado o jogo, inicialmente com um Vitória mais pressionante, mas com o Marítimo a beneficiar também de uma boa percentagem de posse de bola. Os vitorianos, todavia, davam pouco espaço para que os madeirenses avançassem em demasia no terreno.

A primeira grande oportunidade apareceu aos 13 minutos, num livre batido por Marcus Edwards, em que a bola foi às malhas laterais. Depois, aos 19 minutos, um remate à queima-roupa de Correa pôs à prova a atenção dos minhotos, com a bola a sair bem perto do poste da baliza defendida por Bruno Varela.

FICHA DE JOGO E AO MINUTO NOS BARREIROS

Numa jornada em que carimbou definitivamente a permanência, o Marítimo mostrou-se mais tranquilo e circulou melhor a bola, enquanto o Vitória empregou mais verticalidade ao jogo. Isso mesmo demonstravam as estatísticas aos 20 minutos: os madeirenses tinham mais bola, mas os minhotos atacavam mais.

Antes da meia-hora, aos 26 minutos, Edgar Costa teve nos pés a melhor oportunidade do primeiro tempo. O capitão madeirense obrigou Varela a aplicar-se para defender um remate de ressaca, de fora da área, resultando em pontapé de canto para os insulares.

Chegado o intervalo, fechava-se uma primeira parte marcada pelo equilíbrio, de poucas oportunidades, e com duas equipas muito encaixadas. Apenas quatro remates para cada lado e posse de bola muito dividida.

No reatamento, os primeiros dez minutos foram de supremacia dos homens da casa, que se aproximavam muito mais da grande área vimaranense. A entrada de Estupiñan, do lado dos vitorianos, contudo, quase dava efeitos imediatos, aproveitando uma jogada em que Zainadine não foi lesto a limpar o perigo.

A partir de então, o jogo entrou numa outra fase, notoriamente mais animado e com jogadas mais aguerridas de ambos os lados. Depois de alguns minutos intensos, os jogadores do Vitória procuravam fazer chegar mais vezes a bola ao extremo contrário do campo.

Depois de uns momentos de maior acalmia, o Marítimo esteve perto do golo, aos 67 minutos, quando Correa apareceu na grande área para rematar de primeira, um tiro que não saiu longe da baliza de Varela.

Caminhando a passos largos para o final ainda com o nulo no marcador, aquela que seria, possivelmente, a melhor jogada até então, o Vitória subiu até à grande área do Marítimo aos 79 minutos, conduzido por Lyle Foster. A reação dos defesas verde-rubros impediu que a jogada surtisse efeitos, mas o último remate, por Janvier, não saiu longe do poste da baliza de Amir.

Os últimos 10 minutos trouxeram um pouco mais de Vitória, embora sempre com o familiar equilíbrio que pautara todo o encontro. Os comandados de Moreno voltaram a aumentar a pressão, rondando por várias vezes as redes dos insulares, mas com todas as oportunidades a esbarrar na muralha erguida pela defensiva madeirense e pelo guarda-redes Amir.

Com o apito final de António Nobre, confirmou-se o nulo no marcador, um resultado que permitiu a ambas as formações escalar um lugar na classificação, com o Vitória a regressar aos lugares europeus, em igualdade com o Santa Clara, e o Marítimo a ultrapassar o Portimonense.

VÍDEO: o resumo do 0-0 entre Marítimo e Vitória