José Peseiro alertara para a necessidade de estabilizar a equipa defensivamente e tinha razões para isso. As fragilidades mostradas, principalmente com bolas colocadas nas costas do setor, foram bem exploradas pelo Portimonense, que marcou os dois golos dessa forma.

No Portimonense, Vítor Oliveira fez duas alterações no onze inicial: Wellington rendeu o lesionado Tabata e entrou o trinco Pedro Sá para o lugar de Felipe Macedo, que falhou o jogo por castigo. Lucas, habitual titular no centro da defesa, está tocado e ficou no banco. A adaptação foi feita com Marcel, que recuou para fazer dupla com Ruben Fernandes no eixo defensivo.

Já Peseiro mudou quatro jogadores em relação à sua estreia como treinador do V. Guimarães: João Aurélio não pôde ir a jogo devido a castigo, Hurtado por lesão e Francisco Ramos e Welthon saíram do onze inicial por opção técnica, ficando no banco. Entraram Sacko, Célis, Héldon e Rafael Martins.

Com quatro minutos, o Portimonense já tinha desperdiçado duas boas ocasiões, por Wellington e Ruben Fernandes, ambas de cabeça. Os algarvios tinham o controlo e chegaram à vantagem por Wellington. O extremo aproveitou uma abertura de Nakajima entre Dénis e Konan, ultrapassou Douglas e desviou com um toque subtil perante a oposição de Dénis, que não conseguiu evitar que a bola entrasse.

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Só que passados três minutos, um erro de Ricardo Ferreira esteve na origem do empate. O guarda-redes do Portimonense alivou a bola de forma deficiente, colocando-a nos pés de Raphinha que endossou a Rafael Martins. Marcel tocou nos pés do avançado dos minhotos quando este preparava o remate dentro da área. Luís Godinho apontou a marca da grande penalidade, esperou pela confirmação do VAR e Raphinha não enjeitou a oportunidade para empatar.

A partir dos 30 minutos, os algarvios ficaram em vantagem numérica, por expulsão de Douglas. O guarda-redes do Vitória saiu da sua área para tentar anular a entrada de Fabrício, mas acabou por o atingir com um pontapé na coxa direita. Peseiro abdicou de Héldon pelo guarda-redes Miguel Silva. Fabrício, maltratado no lance, cedeu o lugar a Pires. Na sequência, Nakajima viu o livre desviar na barreira. Antes do intervalo o japonês teve nova oportunidade, mas a bola passou por cima da baliza.

Portimonense-V. Guimarães, 2-1 (destaques)

Na segunda parte, já sem Raphinha no Vitória – saiu tocado - acentuou-se o domínio do Portimonense e foram várias as ocasiões de golo. Ewerton falhou a primeira (50’) num remate picado, seguido de um cabeceamento de Dener para defesa de Miguel Silva. O azar minhoto continuou com a lesão de Celis e a terceira alteração forçada (57’) antes de Pires acentuar o domínio algarvio, em mais um golo que mostrou as fragilidades defensivas do Vitória: bola a entrar novamente entre um lateral e um central, neste caso Sacko e João Afonso e Pires, nas costas, a finalizar (59’).

Três minutos depois, Wellington esteve perto de bisar, rematando ao poste esquerdo. Até final, o Vitória não conseguiu contrariar a superioridade do Portimonense, que falhou oportunidades para dilatar a vantagem. Destaque para um remate de Fede Varela, em cima do minuto 90 e outro de Galeno, na compensação, defendido por Miguel Silva com os pés.

Os algarvios regressaram aos triunfos. José Peseiro tem muito trabalho pela frente...