O Portimonense conquistou, pela primeira vez no campeonato, duas vitórias consecutivas, com mais uma vitória expressiva após a goleada por 5-1 na Choupana. Beto voltou a estar em grande, com mais um golo - o que fechou o triunfo - que merecia os aplausos de um estádio cheio de adeptos. O Vitória estreou Bino como treinador, mas a chicotada não surtiu efeito: além da derrota, a equipa denotou muitas dificuldades em construir. Os vimaranenses sofreram a quinta derrota consecutiva.

No seu primeiro jogo como técnico principal do Vitória de Guimarães, Bino esquematizou a sua equipa em 3x4x3 e efetuou quatro alterações no onze titular, tendo como referência a derrota com o Tondela, ainda com João Henriques: saíram Helder Sá, Rochinha, Mikel Agu e Rúben Lameiras, para as entradas de Mumin, Mensah, Pepelu e Marcus Edwards. Em equipa que ganha não se mexe, diz o ditado, levado à letra por Paulo Sérgio, que manteve - no 4x3x3 - o onze que começou na goleada ao Nacional, na semana passada.

Ainda as duas equipas apalpavam terreno e o Portimonense adiantava-se no marcador, na sequência de um pontapé de canto: Luquinha bateu, Willyan Rocha saltou com Jorge Fernandes e a bola passou para Lucas Possignolo, que de cabeça desviou com êxito.

A perder desde os cinco minutos, os vimaranenses adiantaram-se no terreno, mas a reação não foi feita com muita convicção. Foram galgados metros, mas as oportunidades para visar a baliza de Samuel não abundaram, até porque o Portimonense tapou bem as linhas de passe e foi reativo a atacar o portador da bola, originando recuperações que davam origem ao ataque em profundidade, à procura de Beto e dos extremos Aylton Boa Morte e Anderson Oliveira. Mas, diga-se, os algarvios também não criaram situações complicadas para a baliza defendida por Bruno Varela.

Neste capítulo - de oportunidades - até ao intervalo, além do golo dos algarvios, só mais uma vez um guarda-redes passou por reais dificuldades, no caso Samuel, que viu Gideon Mensah atirar à malha lateral da sua baliza (24m).

Na reabertura, o Portimonense esteve próximo do golo, por Beto, que apanhou Varela fora da baliza: o guarda-redes saiu da grande área para anular um lançamento em profundidade, chocou com André Amaro e a bola sobrou para Beto, que atirou por alto e ao lado.

De imediato responderam os minhotos, por Marcus Edwards, que em zona frontal rematou para boa defesa de Samuel Portugal. O extremo britânico, numa das suas diagonais, foi depois travado à entrada da área e executou o livre, para nova intervenção do guarda-redes do Portimonense. Paulo Sérgio estava preocupado e corrigia posições, pedindo para Dener juntar-se a Willyan Rocha, mandando Luquinha colocar-se no meio dos dois médios vimaranenses.

Pouco depois, o Portimonense ganhou decisivo avanço no marcador, numa leviandade de Estupiñán que, na sequência de um canto, acertou com a perna direita em Beto, dentro da área, com Manuel Oliveira a apontar para a marca da grande penalidade. Dener não perdoou, fez o 2-0 (64m) e, de seguida, Beto sentenciou o jogo: André André fez um mau passe após a reposição ao centro, a bola foi para Boa Morte que endossou em Beto e este, em grande velocidade, passou pelo recém-entrado Mikel Agu, fuzilando perante Bruno Varela, para o 3-0 final (67m).

Vitória justa do Portimonense que respira confiança, perante um adversário claramente em baixa. Bino tem muito trabalho pela frente.

Resumo do jogo: