As segundas-feiras são, muito provavelmente, os dias mais chatos da semana. Primeiro porque são logo a seguir aos habituais dias de descanso, segundo porque significam um regresso à rotina casa-trabalho-casa. 

Pois bem, o filme do Rio Ave-Vitória de Guimarães foi passado este domingo à noite, mas o espetáculo pareceu uma típica segunda-feira: enfadonho. Não houve golos e valeu-nos os erros que resultaram em oportunidades e um momento de inspiração do mago Quaresma.

Sim, foi o internacional português que agitou a partida com um drible sensacional sobre Pedro Amaral seguido de um remate de trivela que Kieszek afastou por cima da trave. Estavam cumpridos, atente, 60 minutos de jogo.

A primeira parte foi um longo bocejo que só poderia terminar sem golos. No entanto, o início foi prometedor. Taranti primeiro e depois André André, ambos de cabeça, erraram o algo. 

Desde então, as duas equipas envolveram-se uma na outra e o nó raramente se desatou.  

O Vitória teve mais bola e jogou mais tempo no meio-campo ofensivo, mas faltou-lhe acutilância ofensiva. A posse pela posse é inofensiva. Os vitorianos abusaram do jogo interior e quando conseguiram esticar a equipa para os corredores, não havia ninguém na área. A explicação é simples: Tiago optou por Quaresma e Edwards soltos no ataque sem uma referência ofensiva.

Por sua vez, Mário Silva trocou vários jogadores depois da epopeia em Istambul e a equipa, quiçá, ressentiu-se. Os vilacondenses apenas conseguiram criar perigo na primeira parte depois de recuperarem a bola em zonas adiantadas. Tanto Mané como Diego Lopes viram Varela defender os seus remates. 

Por seu lado, o Vitória ameaçou o golo num lance de bola parada. Kieszek travou o disparo de Agu e viu a recarga de Suliman passar por cima da trave. 

O ritmo subiu quando o relógio marcava a hora de jogo e o encontro subiu de nível. Mérito para Gabrielzinho e depois para Quaresma. Na melhor jogada do Rio Ave em todo o encontro, o brasileiro testou Bruno Varela com um míssil de fora da área. No minuto seguinte, houve o momento genial do internacional português.

O Vitória cresceu a partir daí e tornou-se numa ameaça clara para a baliza de Kieszek. Volvidos dez minutos, Quaresma isolou-se e caiu na área. Porém, o lance foi invalidado por posição irregular do extremo. A decisão foi, posteriormente, validada pelo VAR.

Os dez minutos finais foram dos minhotos que tiveram três boas situações por Rochinha, Bruno Duarte e Sílvio. Pelo meio, houve um livro muito perigoso de Jambor.

O Vitória poderia ter vencido – seria a primeira vitória de Tiago -, mas este jogo mereceu, completamente, o desfecho que teve. 

Quem adora segundas-feiras?