Figura: Kieszek

A escolha foi difícil, mas recaiu pelo polaco. A explicação é simples. Num jogo com poucas oportunidades, o guarda-redes do Rio Ave fez duas excelentes defesas a pontapés de Agu e de Quaresma. Além disso, Kieszek teve um papel importante a retirar profundidade ao ataque vimaranense. É um dos bons valores da Liga, indiscutivelmente.

Momento: magia de Quaresma, minuto 59

 

Durante praticamente uma hora, o jogo despertou pouco interesse a quem assistia. Soltou-se o génio de Quaresma e quem acompanhava a partida, arregalou os olhos: o internacional português fez um drible sensacional sobre Pedro Amaral e rematou de trivela para defesa de Kieszek por cima da trave.

Outros destaques:

Ricardo Quaresma: jogou solto no ataque com Edwards, mas a bola chegou-lhe poucas vezes aos pés. A equipa não lhe deu, no fundo, condições para sobressair. Portanto, o internacional português viu-se na obrigação de procurar a bola e criar ele próprio um lance de génio que por pouco não resultou em golo. Não tem a velocidade de outrora, mas a qualidade está toda lá.

Carlos Mané: confiante com bola, não se inibiu de partir para cima de Sílvio sempre que teve oportunidade. Além de um disparo perigoso, Mané mostrou o fulgor e a capacidade de explosão habitual. Quando nada o fazia prever, Mário Silva retirou-o do jogo ainda na primeira parte. Provavelmente os 120 minutos de Istambul pesaram.

Jambor: após ter perdido praticamente uma época por lesão, o croata está aos poucos a mostrar o potencial que se lhe reconhece. O médio definiu sempre com critério e bem, encontrando os espaços para sair de pressão com uma facilidade tremenda. À qualidade com bola, juntou-lhe capacidade para dobrar os colegas e acumulou desarmes na zona central.

Bruno Varela: tal como Kieszek, o ex-Benfica teve pouco trabalho, mas mostrou-se seguro sempre que foi obrigado a intervir. Varela esteve irrepreensível quer entre os postes quer fora deles. Esta pode, por fim, ser a sua época de afirmação.