O MOMENTO

Minuto 67, 2-0: Numa altura em que a pressão do Rio Ave era quase asfixiante, mas o golo do empate não chegava, O Vitória aproveitou que o adversário estava todo focado no ataque para lançar um contra-ataque rápido e letal. Raphinha colocou em Marega na área, que, ao segundo poste, apareceu para cabecear e mostrar o porquê de ser, neste momento, o melhor marcador do campeonato. Ainda havia tempo para reagir, mas o golpe mostrou-se duro para um Rio Ave que não conseguia (e não conseguiu) concretizar as diversas oportunidades que criou.

A FIGURA

Marega: Uma lição de força e eficácia, num jogo em que não se limitou a fazer um hat-trick. Protagonizou algumas jogadas de contra-ataque rápido, a furar por entre o meio campo rioavista, ajudou na defesa sempre que a equipa necessitou, e, quando se apanhou na área fez aquilo que tinha de fazer: golo. É o melhor marcador do campeonato, isolado, com dez golos.

OUTROS DESTAQUES

João Pedro: Impossível não dar por ele. Destacou-se no meio campo vitoriano pela forma como foi limpando lances do ataque adversário, sobretudo porque teve que compensar um apagado Hurtado. Travou um duelo intenso com Rúben Ribeiro e conseguiu alguns cortes fundamentais. Deixou tudo em campo, como é, aliás, habitual.

Douglas: Nos momentos de maior pressão rioavista teve que mostrar o que vale e saiu-se muito bem na missão de manter a baliza inviolável. É que nem só de desperdício se fez o ataque adversário e Douglas sou responder a alguns remates que seguiam direitinhos para a baliza.

Rúben Ribeiro: O motor do Rio Ave. Esteve sempre muito acompanhado por João Pedro, num duelo intenso que lhes roubaria as forças se não fossem dois poços de energia. Conseguiu, apesar da marcação cerrada, criar alguns dos mais interessantes lances de perigo do Rio Ave, quer através de remates, quer a servir os companheiros. Inventou espaços onde não existiam e deu forças. Aguerrido como é habitual, deu o corpo à luta rioavista.

Heldon: Acreditou e procurou o golo até ao final e até não andou muito longe dele. Não teve desperdícios tão flagrantes como Yazalde, mas também não estava no seu dia de sorte. Mas não se limitou a procurar marcar, estando também na origem de muitos dos lances de perigo que os seus companheiros não aproveitaram.