A FIGURA: Nuno Santos

Primeira titularidade da época e com uma exibição de nível competitivo à altura da responsabilidade do jogo e desta Liga. O extremo do Rio Ave foi um dos jogadores que mais mexeu no ataque da equipa de Daniel Ramos nos primeiros minutos de jogo. Teve drible e criatividade pelas alas e proporcionou um momento portentoso, num remate com selo de golo travado por uma defesa espantosa de Miguel Silva. No início da segunda parte, assinou a estreia a marcar esta época e deu uma vantagem que seria decisiva no marcador. Correu metros e metros e não se cansou para ajudar a equipa na defesa da vantagem, embora nem sempre tenha dado perfeito seguimento a rápidas transições.

O MOMENTO: Nuno Santos aproveita titularidade para fazer a diferença (48’)

Após uma jogada e cruzamento de Fábio Coentrão pelo lado esquerdo do ataque, Diego Lopes resgatou a bola na área na sequência de um corte de Osorio e, após perder algum espaço para o remate, teve calma e perícia para servir Nuno Santos, que aplicou um remate colocado e potente para o fundo da baliza.

OUTROS DESTAQUES

Gabrielzinho: contribuiu para a abertura de espaços no ataque do Rio Ave, com variações dos flancos para o meio, criando linhas de passe para as várias aproximações conseguidas pelos médios mais recuados da equipa.

Tozé: foi a referência do Vitória no último terço para manobrar o ataque à baliza de Léo Jardim, com objetividade e pragmatismo na rapidez das ações. Conseguiu dar qualidade de passe na variação de flancos. Colocou livres e cruzamentos em lances de bola corrida na área, que não tiveram o melhor seguimento. Relançou o jogo ao apontar uma grande penalidade, aos 88 minutos, mas insuficiente para traduzir em pontos.

Filipe Augusto: abriu o marcador, ao bater com segurança a grande penalidade (31’) e conseguiu dar e criar espaços no arranque da equipa para o ataque.

Léo Jardim: teve pouco trabalho e só não deteve o penálti de Tozé, mas foi decisivo a parar algumas investidas do Vitória, sobretudo numa defesa de grau difícil, num cruzamento de Mattheus que tinha o caminho da baliza. Posicionamento e articulação certa com o setor defensivo, numa reta final em que o Vitória tudo fez pelo empate.

Diego Lopes: deu organização e experiência ao ataque do Rio Ave para controlar a posse de bola e a ligação entre a defesa e o ataque.

Pedrão: num dos melhores panos do Vitória caiu a falta cometida sobre Gelson Dala para o penálti do 1-0. Ainda assim, o central brasileiro dos minhotos assinou uma exibição conseguida na defesa, pesem os golos sofridos, ao cortar inúmeros lances que podiam ter dado mais tentos à equipa de Vila do Conde.