Cai o pano da Liga NOS para Vitória de Guimarães e Benfica. Sem direito a palmas. O triunfo do Benfica (1-3) não dá para mais do que o confirmado terceiro lugar, retirando o Vitória do lugar europeu com que entrou em campo.

À moda antiga, com os olhos no recinto vimaranense e ouvidos nos Açores, a equipa orientada por Moreno dependia apenas de si, mas viu o Santa Clara fazer o que lhe competia frente ao Farense e não conseguiu acompanhar o resultado insular.

Sai de campo a ganhar, que marcou dois golos no derradeiro jogo da Liga, lançando a candidatura à lista de melhores marcadores. Fica à espera do que Pedro Gonçalves possa fazer frente ao Marítimo, sabendo de antemão que o jogador leonino marcou ainda Seferovic estava em campo.

Meia distância encarnada por calibrar

O cenário era, então, conhecido. Pertencia ao Vitória a maior dose de responsabilidade no jogo, mas foi do Benfica a iniciativa de jogo. Essencialmente de meia distância, de fora da hora, os encarnados visaram várias vezes a baliza de Matous Trmal.

Estava por calibrar, contudo, a mira encarnada. Quando o remate não saiu desenquadrado com a baliza, saiu simples para o guarda-redes checo segurar. Trmal foi uma das novidades do Vitória de Guimarães no onze, fazendo o terceiro jogo da época contra o Benfica, uma vez que Bruno Varela esteve sempre indisponível.

Apesar de se apresentar com um conjunto aparentemente ofensivo, com Quaresma, Edwards e Rochinha no apoio a Estupiñán, a verdade é que o ataque da equipa orientada por Moreno foi sempre incapaz de carburar. Saía tudo muito em esforço e na primeira parte não há a registar qualquer lance de verdadeiro perigo.

Seferovic faz a diferença

Primeira metade morna, que rapidamente viu a temperatura subir na segunda metade. Nos Açores o Santa Clara já enviava avisos à navegação ao colocar-se na frente do marcadora. Em dez minutos Seferovic fez dois golos e deixou o Vitória fora de solo europeu.

Um golo de Jorge Fernandes, de canto, ainda deu uma réstia de esperança. Lyle Foster entrou bem em campo, voltou a abanar com a rede encarnada mas estava em posição irregular. Escassos minutos de fulgor da equipa de Moreno, o máximo que os vimaranenses conseguiram antes de Everton arrumar com a questão, se é que não estava, com um golo nos descontos.

Falha o apuramento europeu o Vitória de Guimarães, culimando de forma inglória uma época recheada de peripécias em que teve quatro (???) treinadores. Termina o campeonato com um triunfo o Benfica, estando de olho na final da Taça de Portugal, uma espécie de prémio de consolação numa época também ela pouco conseguida.