Golpe de teatro no Estádio D. Afonso Henriques. O V. Guimarães sofreu o primeiro golo da época nos descontos do duelo com o Boavista e consentiu, dessa forma, o empate aos axadrezados (1-1) depois de um jogo desnivelado durante os noventa minutos.
Foi ao minuto 94 que o Boavista amealhou um ponto, num lance de bola parada em que o defesa Lucas camuflou uma exibição cinzenta do conjunto de Lito Vidigal.
Com uma entrada forte no jogo o Vitória impôs desde cedo o seu jogo, criou situações de perigo e sem surpresa colocou-se em vantagem aos dezasseis minutos. Jogadas de envolvência, triangulações bem medidas e um Davidson com a corda toda iam sendo os argumentos para perfurar um Boavista sólido que se agrupou em frente à sua área.
36 minutos foi o tempo que o Boavista demorou a fazer um remate, por intermédio de Obiora. Um remate de ressaca, sem preparação e muito longe do alvo, que apenas contou para a estatística elucida bem a supremacia do Vitória.
Valeu então o tal golo de Davidson a fazer a diferença. E que golo. Passe de Tapsoba, o extremo brasileiro recebe de peito e sem deixar a bola cair remata de forma acrobática. Bracali ainda toca na bola, mas não foi capaz de impedir o golo.
Se a primeira parte foi de domínio absoluto do Vitória, a segunda teve uma história ligeiramente diferente. O Boavista regressou dos balneários com outra disposição, registando-se a natural reação à desvantagem e o Vitória começou a denotar o desgaste físico do arranque intenso de época.
O jogo partiu-se em vários momentos, o Vitória ficou mais exposto e não foi tão acutilante em termos ofensivos. Precipitou-se várias vezes até, mas ainda nuca permitiu que o Boavista criasse verdadeiro perigo. Aliás, esteve sempre mais perto do segundo do que propriamente de sofrer.
A dez minutos dos noventa o Vitória ainda festejou o segundo golo de João Carlos Teixeira, um lance que sentenciaria o encontro, mas com recurso ao VAR o árbitro Artur Soares Dias invalidou o lance devido a fora de jogo.
Arrastou-se a incerteza no marcador até aos derradeiros minutos. Controlou o Vitória, mas uma bola para foi fatal para os da casa, e o epílogo do tal golpe de teatro da turma do Bessa. Lucas cabeceou entre a defesa e o guarda-redes, fazendo Miguel Silva sofrer o primeiro golo da época.
Rude golpe para um Vitória com uma exibição quase perfeita na antecâmara de mais um jogo europeu, quinta-feira frente ao Steaua de Bucareste.
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