O V. Guimarães emitiu esta terça-feira um comunicado, assinado pelo presidente Júlio Mendes, no qual garante que tem a situação contributiva regularizada, contrariando assim notícias vindas a público dando conta que o clube e cinco dirigentes se teriam apropriado de 219 mil euros de IRS retido na fonte.

O clube minhoto não nega valores em dívida à Autoridade Tributária (AT), contudo esclarece que os mesmos estão a ser regularizados de acordo com o que foi estabelecido com aquela instituição.

«Esta dívida à AT, à semelhança de todas as demais dívidas do clube, foi objeto dum acordo em julho de 2012 e vem sendo pontualmente paga em prestações, razão pela qual a sua situação contributiva se considera, em face da lei, regularizada», esclarece o presidente do clube, também ele visado, juntamente com os vice-presidentes, de se ter apropriado de dinheiro do estado.

No referido documento Júlio Mendes esclarece que os factos remontam a abril de 2012, quando entrou em funções na liderança do clube. «Havia salários  em atraso aos jogadores profissionais, situação que se arrastava há cerca de 4 meses. A primeira das prioridades foi, como não podia deixar de ser, tomar todas as medidas para, duma forma prudente e responsável, evitar a perda definitiva do seu maior ativo – os passes dos jogadores - celebrando com estes acordos de regularização, que permitissem evitar as rescisões iminentes e as sanções desportivas inerentes», pode ler-se.

Os vimaranenses explicam ainda que os salários em causa foram processados antes de tomarem posse como órgãos sociais do clube. «Este salário havia sido processado em dezembro de 2011, tendo sido emitidos os recibos e enviadas as competentes declarações à AT. E aí, em dezembro de 2011 e janeiro de 2012,  o Clube efetivamente falhou, quer com os jogadores, quer com a AT, pois ao processar e declarar os salários, não podia deixar de honrar as respetivas dívidas».

Júlio Mendes termina o comunicado dizendo que «o clube e os seus atuais dirigentes têm o maior orgulho no caminho percorrido desde abril de 2012 até hoje, no que diz respeito à consolidação do passivo, à reestruturação das suas obrigações e ao cumprimento dos compromissos assumidos com os seus credores».