Respirou-se de alívio no castelo. O Vitória pôs um travão na crise ao vencer o Estoril (3-1) no D. Afonso Henriques, voltando a conquistar os três pontos depois de quatro jornadas em que esteve alheado dos triunfos. Rochinha saltou do banco para carregar a equipa às costas num jogo em que Óscar Estupiñán bisou.

Um triunfo que vale a ultrapassagem na tabela classificativa por parte do Vitória, impondo a quarta derrota consecutivo aos estorilistas. Com várias baixas, devido à Covid-19, a lesões e a ausentes ao serviço da seleção na CAN, o Vitória dominou em praticamente todos os parâmetros do jogo, mas foi traído pela eficácia estorilistas e foi para o intervalo a perder.

Deu a cambalhota ao marcador na segunda metade numa prestação aos soluços. Chegou com mérito  à vantagem o Vitória, sofreu para não consentir o empate num momento em que o Estoril deu um ar da sua graça ao assumir ao que vinha. Já nos descontos Estupiñán bisou na partda e arrumou com a questão.

Ferros travam Vitória, Estoril responde com eficácia

Foi o Estoril a primeira equipa a dar mostras de querer dar um safanão na crise no embate disputado no D. Afonso Henriques. Logo aos seis minutos António Xavier apareceu isolado, valendo Trmal a evitar o golo. Uma exceção ao que foi a primeira metade do encontro. O Vitória foi dominador, teve mais bola e esteve por cima territorialmente. Faltou o resto.

E o resto faz a diferença. A equipa de Pepa não teve objetividade, não teve capacidade para causar desequilíbrios, nem teve astúcia para penetrar pela defesa do Estoril. Tentou com uma bomba de Alfa Semedo de fora da área a embater com estrondo na trave de Thiago Silva. Lameiras, com um remate cruzado também atirou à base do poste.

Só que, pelo meio, um Estoril competente abanou com as redes. Baró trabalhou bem no corredor central, iludiu a defesa adversária e lançou André Franco para o remate de primeira do médio. Processo simples a fazer a diferença. Sem grandes correrias, com um jogo pouco acutilante, a equipa de Bruno Pinheiro apresentou competência e, sobretudo, eficácia.

Cambalhota: Rochinha puxa por Estupiñán

Pepa não esperou e promoveu uma alteração logo ao intervalo, voltando a mexer logo nos primeiros minutos da segunda metade. Tentou reagir o Vitória, quase sempre com muito coração e com pouca cabeça. Esteve tranquilo o Estoril, até tranquilo demais, com Thiago Silva a arriscar na saída de bola, permitindo que Estupiñán intercetasse o esférico em duas ocasiões.

Com muita gente em carreira de tiro, o Vitória cresceu e chegou ao empate numa bomba de Rochinha. Na passada, no corredor central, Rochinha rematou forte do meio da rua assinando um grande golo a carimbar o empate. Com o empate a equipa de Pepa empolgou-se juntamente com as bancadas e partiu para cima do Estoril. Em oito minutos estava dada a volta ao marcador. Estupiñán de pé esquerdo.

Seguiu-se uma dezena de minutos de aflição do Vitória, com o Estoril a correr atrás do prejuízo. Nos descontos Estupiñán voltou a usar do pé esquerdo para arrumar com as dúvidas. Triunfo justo do Vitória, ainda que com vários pontos de interrogação e muitos fantasmas na equipa de Pepa. O Estoril viu o caminho, mas desviou-se dele e mantém-se fora da rota dos triunfos.