Após 32 dias Vitória e Farense puderam finalmente fechar a 14.ª jornada da Liga, acertando calendário com um empate no Estádio D. Afonso Henriques. Desapareceu o gelo, mas o Vitória fica congelado na tabela classificativa, não conseguindo a aproximação ao grupo da frente com um empate frente ao Farense (2-2)

O conjunto de João Henriques teve o jogo na mão, vencia por duas bolas a uma a meia hora do final quando ficou em superioridade numérica, mas não aproveitou e expôs-se a um lance fortuito do Farense, que acabou mesmo por acontecer na sequência de um lançamento de linha lateral.

De nada valeu o pressing final à equipa da casa, muitas vezes de forma desmedida, voltando o Farense a conquistar pontos fora de portas depois da vitória na última jornada, mostrando, a espaços bons indicadores na cidade berço.

Travão na entrada forte algarvia

Embalado pela primeira vitória fora deportas no fim-de-semana, o Farense entrou destemido no Estádio D. Afonso Henriques conseguindo uma série de cantos nos primeiros minutos, colocando em sentido um V. Guimarães algo desconfiado após os últimos resultados. Num desses lances Mensah evitou o golo a Ryan Gauld em cima da linha de golo, numa entrada em falso da equipa da casa.

Adiantou-se, ainda assim, no marcador o Vitória ao minuto catorze, precisamente na sequência de um canto. Pepelu cabeceou sem oposição e com a baliza desguarnecida, adiantando os vimaranenses no marcador contra a corrente do jogo. Uma vantagem que, contudo, durou pouco tempo. Apenas sete minutos depois Ryan Gauld restabeleceu a igualdade na transformação de uma grande penalidade.

Valeu a inspiração de Edwards na reta final da primeira metade para levar um Vitória envergonhado, mas, ainda assim, em vantagem para o período de descanso num resultado algo escasso para aquilo que o Farense mostrou no arranque do encontro.

Vitória não aproveita expulsão

Prolongou-se o bom momento do Vitória na segunda metade, com o conjunto de João Henriques a voltar melhor ofensivamente, mas, sobretudo, a demonstrar mais acerto defensivo. Uma superioridade que ficou simplificada quando estava cumprida uma hora de jogo com a expulsão de Alex Pinto, que viu a segunda cartolina amarela.

A verdade é que a expulsão como que congelou o jogo. Perdeu capacidade de reação o Farense, não tendo os argumentos que teria com onze elementos em canto, limitou-se a gerir o jogo o Vitória apostando essencialmente no equilíbrio da equipa com risco calculado na manobra ofensiva.

Num lance fortuito, num lançamento de linha lateral, o Farense chegou ao golo a dez minutos dos noventa e amarrou um ponto, vendo premiado o seu esforço e penalizando a falta de audácia da equipa da casa, que não aproveitou a supremacia para cimentar a vantagem, sendo o pressing final curto.

Empate que deixa os dois conjuntos congelados na tabela classificativa. Nem o Vitória se chega à frente nem o Farense foge à zona perigosa.