O dérbi da Cidade Berço foi resolvido da marca dos onze metros. Sem rivalidade, sobrou intensidade no duelo entre Vitória e Moreirense, com Tozé a assumir o papel de protagonista no encontro. Marcou a grande penalidade que deu o triunfo (1-0) aos Conquistadores no início da segunda parte e iguala as duas equipas de Guimarães no quinto posto O médio acabou expulso depois de selar o resultado frente à equipa que represnetou na época passada.

Mantém-se a tradição, ainda não foi desta que o Moreirense conseguiu vencer no D. Afonso Henriques em jogos a contar para o principal escalão do futebol português, pondo assim fim à série de quatro jornadas a vencer. Regressa aos triunfos o Vitória depois de duas derrotas consecutivas.

Vindo de uma série de quatro triunfos na Liga, feito nunca antes alcançado, Ivo Vieira operou uma mexida no onze. Aberhoune nem no banco de suplentes esteve, dando o seu lugar a Ivanildo no eixo da defesa. Na equipa do V. Guimarães o técnico Luís Castro fez duas alterações. Sacko regressou ao lado direito da defesa e Mattheus deu o seu lugar a Ola John, voltando Tozé para o miolo.

Jhonatan e a trave seguram o nulo

Entrou na expetativa o Moreirense, assumiu as rédeas do jogo o Vitória. Abordagens ao jogo bem vincadas, com as duas equipas a encaixar no seu estilo. O futebol mais de posse do conjunto da casa emparelhou com a postura mais sustida dos Cónegos, o que levou a que as oportunidades fossem escassas.

Laborou mais o Vitória, chamou a si a posse de bola mas teve muitas dificuldades para criar situações de perigo. Compacta, a equipa do Moreirense bloqueou sem grandes constrangimentos o ímpeto vitoriano, mas a verdade é que também não teve grande critério quando foi chamado a construir.

Jhonatan e trave foram suficientes para segurar o nulo na primeira metade. Com uma defesa aparatosa a travar um remate forte de Tozé o guarda-redes do Moreirense evitou aquele que foi o lance mais vistoso da primeira metade, uma vez que o remate levava selo de golo. Na outra baliza Arsénio fez a bola embater na trave num pontapé de canto que quase saiu direto à baliza.

Rumo alterado em quinze segundos

Tudo foi diferente na segunda metade. Bastaram apenas quinze segundos para o V. Guimarães dispor de uma oportunidade soberana. Fábio Pacheco intercetou o esférico com a mão no interior da área, cometendo grande penalidade. Tozé não desperdiçou e alterou por completo os moldes da segunda metade.

Em desvantagem, o Moreirense teve de ser mais acutilante obrigando por isso o jogo a ficar partido. Isto porque o Vitória não abdicou de procurar o segundo golo. Arranque incisivo da segunda parte, a melhor fase do encontro com aproximações a ambas as balizas.

Nos últimos vinte minutos o Vitória teve de suster o triunfo em inferioridade numérica por expulsão de Tozé, que teve uma entrada muito dura sobre Pedro Nuno. Chegou mais à frente o Moreirense, é certo, mas sem conseguir causar perigo, exceção feita ao derradeiro lance do encontro, no qual Heriberto atirou de forma disparatada quando estava em excelente posição.

Regresso aos triunfos do Vitória com uma prestação eficiente antes do duplo duelo com o Benfica. A equipa de Luís Castro reocupa o quinto lugar a meias com o Moreirense, esperando ainda pelo desempenho do Belenenses.

O dérbi entre vimaranenses, com distância de dez km, foi resolvido em onze metros.