São Varela esteve intransponível na baliza e da marca dos onze metros, de penálti, o V. Guimarães conquistou a primeira vitória da temporada. Ao minuto 263 os vimaranenses conseguiram, finalmente, marcar, vencendo assim um Paços de Ferreira a quem o empate já saberia a pouco (1-0).

André André, o capitão do Vitória, foi o autor do golo da equipa de Tiago Mendes, que soma os três primeiros pontos da época num embate em que continuou a demonstrar muitas dificuldades a armar o seu jogo. Em contraponto, um Paços em crescendo depois de uma entrada em campo encolhida atirou os pacenses para o controlo do jogo.

Valeu, então, Varela a segurar um punhado de lances de perigo dos pacenses, mantendo o sangue a correr nas hostes da Cidade Berço. Quando o cronómetro se encaminhava para o final uma grande penalidade decidiu a favor do Vitória, mantendo o Paços como equipa que ainda não sabe o que é vencer, mas que merecia claramente outro resultado em Guimarães.

Sentido único amarelou

Ainda à procura do primeiro triunfo na presente edição da Liga, foi o Vitória quem entrou mais determinado em conseguir deixar para trás esse indicador. Os vimaranenses entraram mandões no jogo, imprimiram sentido único ao jogo, mas um sentido único percorrido numa via demasiado apertada.

A equipa de Tiago começou por ter mais bola, muita mais bola, mas em igual dose ficaram vincadas as suas dificuldades em articular o seu jogo. Entre trocas de bola pouco seguras dos centrais e tentativas de jogadas ofensivas que mais não apreciam do que experiências, o domínio do V. Guimarães foi estéril perante um Paços extremamente organizado.

Último passe deficitário aqui, a defesa pacense a levar a melhor ali, o que é certo é o V. Guimarães dominou mas os castores tiveram sempre o jogo controlado. Tiago Mendes trocou Pepelu por Janvier ainda no primeiro tempo à passagem da meia hora e a verdade é que o sentido único amarelo.

Dez minutos finais da primeira metade a ameaçar claramente o golo dos pacenses. O conjunto de Pepa lançou-se para o ataque aproveitando o facto de o V. Guimarães estar completamente perdido em campo, valendo Bruno Varela para segurar o nulo. Apenas por infelicidade os pacenses não foram em vantagem para o descanso.  

André André encontra a felicidade nos rasgos de Rochinha

A segunda metade foi diferente. Repartida, jogou-se cá e lá num jogo aberto em que o Paços de Ferreira continuou mais incisivo e mais determinado no último terço do terreno. Na baliza do V. Guimarães esteve um São Varela a segurar o nulo e a manter a equipa da casa no jogo.

Nas cartas de banco esteve mais feliz o V. Guimarães. Rochinha foi a cartada que Tiago Mendes tirou do banco de suplentes para fazer a diferença no encontro. Os rasgos do extremo foram os rasgos dos vimaranenses, a revolta individual de uma equipa que estava amorfa e parecia perdida.

Num desses rasgos Rochinha cavou uma grande penalidade a Fernando Fonseca. Lance pelo corredor esquerdo, Rochinha impôs velocidade junto à linha limite da grande área e o lateral pacense acabou por derrubar Rochinha junto à linha de fundo.

Na marca dos onze metros, ao 263.º minuto da época o V. Guimarães arranjou, finalmente, forma de abanar a rede adversária, conquistado o primeiro triunfo da temporada. Três pontos em que foi necessária uma grande dose de felicidade. Noite ingrata para os pacenses, que continuam sem vencer. Respira-se fundo na Cidade Berço, com três pontos, mas mais dúvidas do que certezas.